Engenheiro de obra que desabou em Guarulhos (SP) é investigado pelo Crea-SP em três processos
O engenheiro responsável pela obra que desabou na última segunda-feira (2) em Guarulhos (SP) é investigado pelo Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo) em três processos. Segundo a entidade, ainda há contra ele uma denúncia em apuração. O conselho informou nesta quarta-feira (4) que instaurou um processo administrativo contra o engenheiro e a construtora do prédio.
Local do acidente
Em nota, o conselho afirmou que as situações tanto da empresa Salema Comércio, Construção e Projetos Ltda como do engenherio Fernando Madeira Salema "estão regulares em relação ao registro profissional". Fernando é sócio-proprietário da construtora e responsável técnico pela obra.
Segundo o Crea-SP, existem três processos e uma denúncia contra o profissional. Um processo é por causa de uma infração ao Código de Ética e está em fase de julgamento na Câmara Especializada de Engenharia Civil. Os outros dois são oriundos de ações da área de fiscalização. Já a denúncia está em análise.
"Uma vez que existem processos em fase de instrução para serem julgados, suas informações são sigilosas e, após as respectivas decisões, caberá ainda recurso por parte do interessado", diz a nota.
Questionado sobre o assunto, Maurício Monteagudo, advogado da construtora, disse que Fernando Salema não tem conhecimento sobre os processos e a denúncia.
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O Crea-SP informou ainda que uma equipe de fiscalização da entidade esteve no local do desmoronamento. "A equipe efetuou o registro fotográfico do local e solicitou cópia do boletim de ocorrência junto à unidade da Polícia Civil da região, para fazê-los constar de processo de sindicância administrativa instaurado", afirma o comunicado.
Buscas por operário
Desabamento
O prédio em construção, localizado na avenida Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, 1987, desabou por volta das 19h20 de segunda-feira. O edifício de oito pavimentos --cinco andares, um térreo e dois subsolos-- não estava concluído.
Segundo a Prefeitura de Guarulhos, a empresa responsável pela obra tinha alvará de construção emitido em 23 de novembro de 2012 para a construção de prédio residencial de 30 apartamentos e dois salões comerciais.
Ainda segundo a prefeitura, em 14 de maio deste ano a empresa solicitou que o projeto fosse substituído, acrescentando um mezanino em um dos salões comerciais. O alvará foi expedido em 6 de novembro deste ano.
A Polícia Civil instaurou na terça-feira (3) um inquérito para investigar as causas do desabamento. O MPT (Ministério Público do Trabalho) também começou a investigar o caso.
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