Motoristas de ônibus decidem manter greve nesta quinta em Porto Alegre

Os motoristas de ônibus de Porto Alegre decidiram manter a greve geral quinta-feira (30). A paralisação, que teve início na madrugada desta quarta-feira (29), afeta cerca de 1 milhão de usuários do transporte público da capital.

A decisão de interromper o serviço foi tomada em assembleia na noite dessa terça-feira (28) e contraria ordem da Justiça, que determina que 70% da frota opere em horários de pico, das 5h30 às 8h30 e das 17h às 20h. A multa para o descumprimento da decisão é de R$ 50 mil por dia.

No final da tarde desta quarta, os sindicalistas decidiram que a paralisação seguirá por mais um dia. 

Os rodoviários exigem 14% de aumento, mas as empresas condicionam a negociação à revisão da tarifa, que chegou a R$ 3,05 no início de 2013, mas retrocedeu para R$ 2,80, valor atual. Consultada, a prefeitura disse apenas que espera que a ordem judicial seja cumprida. 

Nesta tarde, o Seopa (Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre) ingressou com uma ação que pede que a greve seja declarada ilegal e abusiva. Caso isso seja reconhecido pela Justiça, os dias parados serão descontados dos grevistas.

Durante todo o dia, usuários de ônibus tiveram que recorrer a meios alternativos para se locomover. Segundo a Eptc (Empresa Pública de Transporte e Circulação), toda a frota de 404 táxis-lotação (micro-ônibus) estão na rua tentando suprir a demanda.

Apesar disso, ônibus ilegais, com tarifa de R$ 3,00, estão sendo flagrados fazendo o transporte.