Jornalista é detido durante ação da PM em desocupação de favela no Rio
Um repórter do jornal "O Globo" foi detido na manhã desta sexta-feira (11) quando trabalhava na cobertura da desocupação do terreno vazio da empresa Oi, no Engenho Novo, na zona norte do Rio de Janeiro. O local era ocupado há 11 dias por famílias oriundas de comunidades próximas e de outras regiões, que batizaram o local de "favela da Telerj".
Segundo "O Globo", o jornalista foi preso por fotografar a ação dos policiais militares. Ele teve o celular quebrado. Houve confronto entre PMs e ocupantes do local, e foram usadas bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, entre outras armas não letais.
Outros repórteres e fotógrafos que trabalhavam no local foram agredidos por PMs "fisicamente e verbalmente", de acordo com a Agência Brasil. A Polícia Militar ainda não se manifestou a respeito dos fatos relatados por profissionais de imprensa.
Clima tenso
O clima é muito tenso na reintegração de posse, determinada pela Justiça, de um terreno vazio da empresa Oi, no Engenho Novo, na zona norte do Rio de Janeiro. A Polícia Militar, que chegou ao local por volta de 5h desta sexta-feira (11), entrou em confronto com os ocupantes do local.
Após uma das lideranças dos manifestantes ser presa, o confronto se acirrou. Ocupantes do terreno chegaram a jogar um coquetel molotov em direção aos militares, e a polícia reagiu imediatamente. Foram usadas bombas de gás lacrimogêneo e outras armas não letais a fim de dispersar a multidão.
Maioria dos ocupantes diz não ter condições de pagar aluguel
Os moradores da "favela da Telerj", como vinha sendo chamada a ocupação, começaram a atear fogo em um dos edifícios que compõem o espaço. Os ocupantes também queimaram um carro da PM, três ônibus e dois caminhões, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
Uma moradora afirmou à reportagem do UOL que três crianças haviam morrido durante a ação da Polícia Militar, mas a informação foi negada pela corporação. O Corpo de Bombeiros também informou não ter encontrado vítimas fatais durante o trabalho de atendimento a feridos. Em nota, os militares informaram que duas crianças foram socorridas após inalarem gás lacrimogêneo. Elas já foram liberadas. (Com Agência Brasil)
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