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Polícia de MG detém médico, engenheiro e enfermeira por vandalismo

Policial em frente a carro virado por manifestantes em Belo Horizonte na quinta-feira (12) - AP Photo/Martin Meissner
Policial em frente a carro virado por manifestantes em Belo Horizonte na quinta-feira (12) Imagem: AP Photo/Martin Meissner

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

13/06/2014 12h40Atualizada em 13/06/2014 15h17

A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que um trio de manifestantes, formado por um médico, um engenheiro e uma enfermeira, vai responder a inquérito por dano qualificado ao patrimônio público.

Eles foram detidos na quinta-feira (12) na região central de Belo Horizonte, após, segundo a polícia, terem sido identificados como participantes de atos de vandalismo na sede do Detran-MG (Departamento Estadual de Trânsito), que fica na avenida João Pinheiro, na região centro-sul da cidade.

Conforme a assessoria do órgão, os três teriam sido identificados por meio de imagens do circuito externo de câmeras do prédio. Na ação, um grupo de manifestantes depredou e virou um carro da Polícia Civil.

Uma manifestação que começou de maneira pacífica, na Praça Sete de Setembro, no centro da capital mineira, resultou em confronto entre manifestantes e a polícia quando o grupo se encontrava na Praça da Liberdade, região próxima do prédio do Detran. Os manifestantes depredaram fachadas de lojas e agências bancárias na região. 

Segundo nota divulgada pela corporação, o médico Bruno de Almeida, 27, o engenheiro Leandro Rios de Faria, 28, e a enfermeira Kátia Santos Dias, 27, foram detidos por policiais civis e levados para a Delegacia Regional Noroeste, onde foi montado esquema especial para atendimento de ocorrências relacionadas a atos de vandalismo praticados durante manifestações. O UOL não conseguiu identificar advogados de defesa deles.

Ainda conforme a polícia, os três foram ouvidos e liberados, mas vão responder a inquérito. Balanço parcial divulgado pela corporação aponta que, além dos três, outras 15 pessoas foram detidas e dois menores foram apreendidos pela Polícia Militar durante o confronto de ontem, mas suas identidades não foram divulgadas.

Desse total, três pessoas foram autuadas em flagrante e permanecem presas, conforme a nota. Os demais foram ouvidos e liberados porque estavam envolvidos em crimes de menor potencial ofensivo. Os menores foram levados para o Juizado da Infância e Juventude.

Fotógrafo ferido

O fotógrafo Sérgio Moraes, 52, da agência Reuters, foi atingido por um objeto ainda não identificado e teve traumatismo craniano leve. Ele foi levado para o Hospital de pronto-socorro João 223, na região hospitalar.

Moraes ficou ferido durante a manifestação na Praça da Liberdade. O profissional disse mais tarde ao UOL que tirou o capacete e o prendeu na sua cintura ao ter avaliado que a manifestação estava ocorrendo de maneira pacífica.

A secretaria de Saúde de Minas Gerais informou nesta sexta-feira (13) que o fotógrafo teve alta na manhã de hoje após passar por um novo exame de tomografia. "Baseado no resultado do exame e na situação clínica do paciente, foi dada a alta às 11h57", trouxe nota da secretaria.