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Ação com mais de 800 homens na Maré busca assassinos de líder comunitário

Do UOL, no Rio

19/11/2014 11h55Atualizada em 19/11/2014 12h19

Oitocentos militares da Força de Pacificação do Exército, em conjunto com 55 agentes da Delegacia de Homicídios, participam nesta quarta-feira (19) de uma operação no complexo de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro. A ação faz parte das investigações da morte do líder comunitário Osmar Paiva Camelo, 54, assassinado  em setembro. Até às 11h30, nenhuma pessoa havia sido presa. 

Camelo, que era presidente da Associação de Moradores do Morro do Timabaú, foi executado com sete tiros à queima-roupa na sede da associação. Policial militar aposentado, ele estava no seu segundo mandato na comunidade e era conhecido por ser um entusiasta do processo de instalação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).

Ele era conhecido ainda por ter transformado a casa em que morava em uma espécie de castelo, com a fachada pintada de verde, para atender ao desejo do filho, que dizia querer morar na sede da Fundação Oswaldo Cruz, um castelo em estilo mourisco. O menino tem hoje oito anos. 

O Complexo da Maré foi ocupado por 3.000 homens da Marinha, do Exército, da Polícia Militar e da Polícia Civil, que estão sob comando do Exército, com o objetivo de preparar o local para a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Mas os confrontos entre facções rivais têm sido frequentes.

Pelo acordo entre o governo do Estado do Rio e os ministérios da Justiça e da Defesa, Exército e Marinha ficarão no conjunto de favelas até o dia 31 de dezembro. Em 2015, a intenção do governo estadual é inaugurar UPPs na região. A previsão é que cerca de 1.600 policiais militares atuem nessas unidades. (Com Estadão Conteúdo)