Homem é atacado no rosto por sucuri de mais de três metros durante pescaria
Um homem de 36 anos foi mordido no rosto por uma sucuri de 3,2 metros na tarde do último sábado (8), em Juara, no interior de Mato Grosso. O ataque aconteceu quando o empresário Moisés da Silva Rodrigues pescava com um amigo na represa de uma fazenda. Ele foi levado ao Hospital Municipal de Juara e levou três pontos no lado esquerdo da face.
"Logo depois que nós descemos para a água, eu tentei amarrar o barco em um tronco oco. Quando ia virá-lo, a cobra veio muito rápido de dentro do tronco e me atacou", contou Rodrigues ao UOL. "Foi como um soco na cara."
Apesar do susto, o empresário explicou que manteve a calma e, com a ajuda do amigo, conseguiu tirá-la de cima dele. "Minha boca e meu nariz ficaram dentro da cobra. Então, eu juntei as duas mãos no pescoço dela e a tirei de mim. Ela já estava se preparando para se enrolar no meu corpo, mas consegui evitar", afirmou.
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Segundo Giuseppe Puorto, diretor do Museu Biológico do Instituto Butantan, em São Paulo, ainda que a sucuri não tenha veneno, "como ela vive boa parte do tempo na água, a boca pode conter bactérias que podem causar uma infecção secundária no local da mordida". Puorto ainda explica que a cobra tem aproximadamente cem dentes curvados para trás. "Além disso, ela é extremamente forte, o que causa muita dor."
Entre as presas da serpente, estão roedores de pequeno e médio porte, como ratos e capivaras, aves aquáticas, que vivem perto de lagos e represas, e répteis, como jacarés, na região do Pantanal. Ainda que seja possível esta cobra engolir um adulto de estatura pequena ou uma criança, não há qualquer registro oficial de um caso deste tipo, segundo Puorto.
"Nós, que moramos no interior do Brasil, estamos mais habituados a ver esse tipo de animal. Então, tive cautela para poder me livrar da cobra. Mas, por exemplo, se fosse uma pessoa que não está acostumada a um animal assim, poderia ter se desesperado e nem estar mais aqui para contar a história", declarou o empresário.
Depois do susto, dos três pontos e da medicação no hospital, Rodrigues e o colega soltaram a cobra em um córrego perto da fazenda onde pescavam.
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