Após tragédia em Suzano, SP quer rever segurança de escolas estaduais
Em comunicado divulgado na noite de hoje, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEESP) afirmou que vai revisar os procedimentos relacionados à segurança nas escolas da rede. Hoje, há mais de 5.000 escolas estaduais de ensinos fundamental e médio no estado.
A decisão se segue ao massacre em uma escola estadual em Suzano, na Grande São Paulo. Dois ex-alunos mataram oito pessoas nesta manhã: cinco alunos, dois funcionários e um comerciante das redondezas.
Depois do episódio, a SEESP informou que está estudando um projeto para reforçar a segurança em instituições de ensino consideradas "mais vulneráveis".
Segundo a secretaria, as aulas estão suspensas em todas as escolas estaduais e municipais de Suzano nesta semana.
Na sexta-feira (15), professores da escola Raul Brasil, palco do massacre, devem fazer uma reunião para discutir propostas e ideias pedagógicas para acolher os alunos.
O suporte pedagógico e emocional será feito pela própria secretaria em parceria com especialistas do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Unicamp e da Prefeitura Municipal de Suzano.
Na próxima segunda (18), a escola deverá receber apenas professores e funcionários para consolidar as ações de acolhimento. Na terça (19), a comunidade escolar, incluindo familiares e alunos, será instruída a participar dos projetos pedagógicos. De acordo com a nota da secretaria, "serão atividades livres, oficinais, apoio psicológico, rodas de conversa, depoimentos e compartilhamento de boas práticas, entre outras atividades."
A pasta também informou que toda a estrutura interna da escola será reformada, com "apoio da comunidade descolar".
No momento, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), além dos secretários de Educação, Segurança Pública, Saúde e os dirigentes das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica acompanham o atendimento aos feridos no local. O governo anunciou luto oficial de três dias no Estado por conta do atentado na escola.
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