Imagens mostram filho que confessou matar pastor deixando local do crime
Imagens divulgadas ontem pela Polícia Civil do Rio mostram a dinâmica da noite do último domingo (16) em que o pastor Anderson do Carmo, 42, foi assassinado a tiros. Ele era casado com a deputada federal Flordelis (PSD-RJ).
A polícia também divulgou filmagens da apreensão da arma calibre 9mm em cima do armário do quarto usado por Flávio dos Santos Rodrigues, 38, filho biológico de Flordelis e enteado de Anderson, e que confessou aos policiais ter dado seis tiros no pastor. Outra gravação mostra objetos queimados que a polícia encontrou na residência do casal no dia em que mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Nas imagens é possível ver um casal, ainda não identificado, chegando às 2h38 em um carro preto e entrando no carro cinza, que posteriormente seria o veículo utilizado por Flávio para chegar ao local do crime.
O automóvel deixa o local e retorna 13 minutos depois, com Flávio ao volante. De acordo com a polícia, é o momento em que ele chega ao local do crime. Às 3h08, quem chega ao imóvel do casal é Lucas dos Santos, 18, que também preso suspeito de participação no crime.
Ele chega em um carro de aplicativo e desce do veículo por volta das 3h10. O motorista dá a volta na casa e espera do outro lado. Cinco minutos depois, câmeras mostram a chegada de Lucas ao carro e deixando o local. De acordo com a polícia, ele não teria presenciado o crime, mas ele ajudou a comprar a arma calibre 9mm que foi usada nos disparos.
Às 3h25, a vítima chega ao imóvel com Flordelis em um carro preto. A partir daí, não é possível mais ver o que ocorre na casa. Às 3h40, Flávio deixa a casa do casal correndo. Ele retorna às 3h53 e, na versão que apresentou à polícia, ele informou que foi buscar ajuda policial. No entanto, as câmeras mostram que ele voltou sozinho no carro.
Às 3h55, Anderson do Carmo é levado ao hospital em um outro veículo preto, mas já estava morto, segundo a polícia. Na manhã seguinte, ocorre a perícia da polícia, em que foi encontrada uma arma de calibre 9 mm, mesmo calibre usado nos disparos. Uma análise está sendo feita no Instituto de Criminalística Carlos Eboli para saber se foi a arma usada no crime.
Perícia sem luvas
Na imagem em que é feita a apreensão da arma, chama a atenção o fato de um dos policiais não utilizar luva para manusear a arma. A delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Homicídios de São Gonçalo e Niterói, alega que a arma provavelmente já havia sido manuseada e limpa. Portanto, o fato dos policiais não usarem luva não é relevante, segundo a policial.
O presidente da APCF (Associação de Peritos Criminais Federais), Marcos Camargo, explica que a manipulação de uma arma sem luvas não é o ideal, mas não necessariamente prejudica a perícia de impressões digitais.
"Se todo mundo pegar na arma, você vai ter um volume de digitais que vai ter que descartar. É um trabalho adicional", diz.
De acordo com o perito, o principal é "fazer a análise para saber se a arma encontrada é a do crime". Segundo Camargo, isso ocorre por meio de testes feitos com a arma encontrada e a posterior comparação com as cápsulas encontradas no local do crime.
* Colaborou Bernardo Barbosa, do UOL, em São Paulo
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