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Flordelis reclama de "calúnias" e defende filhos após morte do marido

Reprodução/Facebook
Imagem: Reprodução/Facebook

Marina Lang

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

22/06/2019 16h28

A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) disse hoje que vem sendo alvo de "calúnias" e "notícias confusas a cada minuto" desde que ocorreu o assassinato do seu marido, o pastor evangélico Anderson do Carmo, morto a tiros no último domingo (16).

"A semana me passou a ideia de que o tempo parou. A dor é enorme, pela perda e pelas calúnias e notícias confusas que a cada minuto, cada minuto mesmo, brotam sabe-se lá de onde. Já falaram ter sido um crime passional, já disseram ser um crime por dinheiro, já incluíram a infidelidade", postou hoje a parlamentar em uma rede social.

Na postagem, a parlamentar se diz "atordoada" com a perda do marido. "Faz uma semana que perdi meu marido. Quem conheceu a minha vida com ele imagina a falta que ele me faz e pode imaginar o quanto estou atordoada. Mas, sou forte. Deus me fortalece. Por isso, não perco a fé", declarou.

Ela também se manifestou a respeito dos seus filhos - dois dos 55 filhos do casal estão presos temporariamente na Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo.

"Acusam meus meninos, mas eu tenho esperança dos acusadores estarem errados e quero muito confiar na Justiça. É uma dor, às vezes, insuportável. O crime aconteceu na nossa casa e isso me faz reviver aquele momento trágico cada minuto em que estou presente", afirmou.

Filho biológico de Flordelis e enteado de Anderson, Flávio dos Santos Rodrigues, 38, confessou à polícia ter dado seis tiros na vítima. Ele está preso desde o início da semana porque tinha um mandado de prisão por violência doméstica em aberto e, por isso, foi preso no enterro do pastor.

Na quinta, a Justiça do Rio de Janeiro expediu mandados de prisão temporária contra ele e Lucas dos Santos, irmão de Flávio, que também está preso. Lucas responde por um ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas, que teria cometido quando ainda era menor de idade.

Em seu post, Flordelis também mencionou o depoimento que prestará na segunda-feira e reclamou do comportamento da mídia. "A imprensa não me deixa em paz. Na segunda-feira, serei ouvida pela polícia. O primeiro depoimento como manda a lei. Já fiz isso várias vezes. A primeira, poucas horas após o crime. Sem direito ao luto", lamentou a parlamentar.

No dia seguinte ao crime, a deputada deu entrevista e afirmou que o carro em que ela e Anderson estavam foi perseguido por duas motos. Ao chegar em casa, segundo a deputada, Anderson teria voltado ao carro para pegar algum objeto que esquecera e foi morto. "Mais uma tentativa de assalto frustrada que acabou na morte do meu marido", disse Flordelis.

Porém, ao longo da semana, a delegada Bárbara Lomba, responsável pela investigação, disse que estão descartadas a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte) e de que o carro do casal foi perseguido por duas motos, como foi relatado pela parlamentar.

Ontem, a delegada informou que ainda há várias hipóteses que estão sendo avaliadas para identificar a motivação do crime e que também todos os que estavam na casa onde ocorreu o crime são suspeitos. A polícia também procura os celulares de Flávio e de Anderson que estão desaparecidos.

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