Polícia prende 4º suspeito por roubo de ouro no aeroporto de Guarulhos
Policiais do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) prenderam o quarto suspeito de participar do roubo de 720 kg de ouro que estavam em um carro-forte no terminal de cargas do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, na tarde de 25 de julho. Segundo a polícia, a carga corresponde a cerca de R$ 110 milhões.
Gravada por câmeras de segurança, a ação dos criminosos durou menos de cinco minutos, entre a entrada dos criminosos no local e a fuga, de acordo com policiais federais. Não houve tiroteio e ninguém ficou ferido.
Depois de clonarem dois carros com adesivos da Polícia Federal, munidos de armas de grosso calibre, balaclavas e coletes à prova de balas, os homens obrigaram funcionários do terminal a colocarem o ouro nos veículos. De acordo com a polícia, ao menos dez pessoas participaram do crime.
O terceiro suspeito foi preso na última segunda-feira (29), com um carregador de fuzil contendo 31 projéteis calibre .762mm, de uso restrito. A Polícia Civil de São Paulo acredita que ele pode ter oferecido a logística para o transbordo da carga para outros veículos.
Peterson Patrício, funcionário do aeroporto que afirmou ter sido feito refém pelos criminosos durante a ação, é outro suspeito e foi preso depois de a Justiça acatar um pedido de prisão preventiva. O outro homem que pode ter participado da ação é Peterson Brasil, também funcionário do aeroporto, que seria o homem que convidou o suposto refém para participar do crime, também está na prisão.
Na última quinta-feira (1º), a Justiça prorrogou as prisões temporárias dos três.
Sequestro na véspera
Um dia antes do assalto ao terminal de cargas, segundo relatou à polícia, Patrício disse que tinha acabado de sair de casa na Vila Ester, zona leste da capital, acompanhado da mulher, quando foi abordado por um homem armado que dirigia uma ambulância. A mulher foi obrigada a entrar no veículo e foi levada.
Em depoimento à polícia, Patrício teria contado que um outro homem ficou ao seu lado na rua e disse: "A gente já sabe sua função lá no aeroporto. Queremos que você nos leve até a carga de ouro, que a gente sabe que vai chegar, que vai ser entregue tal dia, tal hora". Com a mulher sequestrada, Patrício disse ter seguido todas as orientações dos criminosos, inclusive não acionando a polícia.
No dia seguinte ao início do sequestro, Patrício foi trabalhar e foi orientado a agir normalmente. Sua função no plano era ajudar a quadrilha a entrar no terminal de carga e indicar onde estava o ouro.
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