Apreensão de mercadoria em SP revolta ambulante e testemunhas; veja o vídeo
Uma vendedora ambulante entrou em desespero enquanto agentes da Prefeitura de São Paulo apreendiam a mercadoria dela. Vídeo publicado nas redes sociais mostra que a mulher chegou a destruir algumas frutas que ela mesma vendia.
Nas imagens, é possível ouvir choro de crianças, além de pessoas ao redor que protestavam contra a apreensão. O fato aconteceu por volta de 13h15 deste domingo na rua Haddok Lobo, em local próximo à Avenida Paulista.
Testemunhas acusam truculência
O redator Fabricio Franco presenciou a cena desde o começo. Segundo ele, antes de abordarem a vendedora, os agentes públicos autorizaram que ela saísse das proximidades da Avenida Paulista. Na sequência, apareceram aproximadamente dez homens, que recolheram toda a mercadoria e até o carrinho da ambulante em um caminhão da Prefeitura.
"Era uma cena chocante demais para ser feita na Paulista", afirmou. Ele conta que a mulher ficou apenas com um guarda-sol em mãos e que as duas filhas dela choravam bastante.
As testemunhas também afirmaram que houve bate-boca entre os homens que realizaram a apreensão e pessoas que protestavam. "Cuida da sua vida", teria dito um dos agentes.
'Vaquinha' para ajudar a vendedora
Segunda a autora do vídeo, a advogada Graziella Molnar, pessoas que ficaram comovidas com a situação deram dinheiro para que a vendedora pudesse compensar parcialmente o prejuízo que teve.
"[Os agentes da prefeitura] atuaram como se fosse uma apreensão de drogas. Não acredito que isso seja uma conduta aceitável", disse Graziella.
Prefeitura afirma que alimentos serão descartados
Questionada sobre o caso, a Subprefeitura Sé declarou que realiza diariamente ações de fiscalização e combate ao comércio irregular. Afirmou ainda que as apreensões são devido a falta de Termo de Permissão de Uso (TPU) ou comércio de produtos falsificados, e que que a vendedora poderá apresentar a documentação exigida para regularizar a situação.
Segundo a Subprefeitura, quando há apreensão de comida, os produtos são descartados e não podem ser consumidos.
O UOL tentou contato com a vendedora, mas ainda não teve resposta.
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