Suspeito de corrupção, policial é preso com R$ 300 mil, maconha e cocaína
Resumo da notícia
- Policial é acusado de recolher dinheiro por exploração de jogos ilegais
- Foram apreendidos R$ 300 mil em espécie na casa do suspeito
- Na delegacia, havia maconha, crack, cocaína e anabolizantes
O agente policial Anderson Maciel de Moraes foi preso ontem durante uma operação realizada pelo Gecep (Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial) do MP (Ministério Público) de combate a crimes contra a administração pública. Ele é acusado de fazer recolhimento de dinheiro de corrupção por exploração de jogos ilegais.
Moraes estava lotado no 12º DP (Distrito Policial), no Pari. Em sua casa, foram apreendidos R$ 300 mil em espécie, 47 pinos de cocaína, 16 porções de maconha e outras 16 de crack. Com isso, também foi enquadrado no crime de tráfico de drogas. A reportagem não localizou a defesa do agente.
Moraes era o alvo principal da operação. Além do 12º DP, foram feitas averiguações na 1ª seccional e no 3º DP, na rua Aurora, na região da cracolândia. Lá, foram apreendidos maconha, crack, anabolizantes e anotações de contabilidade. Investigadores afirmam que policiais praticavam tráfico de drogas.
O chefe dos investigadores do 3º DP chegou a ser conduzido, de forma coercitiva, para prestar esclarecimentos, porque havia maconha em seu armário. Nos armários de outros dois policiais do DP, havia grande quantidade de maconha e crack.
Como os dois policiais não estavam na delegacia, não foram presos em flagrante. Eles não são considerados foragidos porque não há mandado de prisão expedido contra eles.
Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) informou que "foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências, no 3º DP e 12º DP. Um mandado de prisão também foi cumprido na residência de um policial, onde foram encontrados cerca de R$ 300 mil, além de drogas".
"Ele foi preso em flagrante. A SSP não compactua com desvios de conduta de seus policiais e apura com rigor todas as suspeitas, por meio das corregedorias das instituições", complementou a pasta.
Após o UOL publicar esta reportagem, o delegado titular do 3º DP, Carlos Cesar Castiglioni, foi transferido de delegacia. A SSP informou que ele não era alvo da operação.
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