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Gavião ataca e atormenta vida de moradora em SP: "estamos prisioneiros"

Sandra Machado Faria mostra ferimento causado por um gavião em sua testa - Arquivo pessoal
Sandra Machado Faria mostra ferimento causado por um gavião em sua testa Imagem: Arquivo pessoal

Simone Machado

Colaboração para o UOL, em São José do Rio Preto (SP)

24/09/2019 19h21

Uma dona de casa de 36 anos afirmou que tem sofrido ataques frequentes, com direito a ferimentos, por parte de um gavião em São José do Rio Preto, interior de São Paulo.

Segundo Sandra Machado Faria, o problema começou em agosto quando um casal de gaviões passou a habitar um ninho construído em um ipê rosa que fica no quintal, próximo à entrada da casa da família. A dona de casa relata que toda vez que abre a porta para tentar sair do imóvel, é atacada pela ave.

"É só eu tentar sair que o gavião vem e faz rasantes e tenta atingir a minha cabeça. Nesse último mês já fui atacada pelo menos 10 vezes e em todas tive escoriações que chegaram a sair sangue", conta.

Por causa dos ataques, Sandra diz que não sai mais de dentro de casa e que tem dificuldade para levar a filha de 6 anos à escola e o filho de 2 anos, cadeirante, às consultas e tratamento médico. Além disso, as crianças não conseguem mais brincar no quintal da casa, porque também são atacadas.

Gavião sobrevoa casa de Sandra Machado Faria, em São José do Rio Preto (SP) - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Gavião sobrevoa casa de Sandra Machado Faria, em São José do Rio Preto (SP)
Imagem: Arquivo pessoal
"Quando precisamos sair de casa, pego meu filho no colo e saímos correndo. Sempre carrego um pano ou uma sombrinha para espantar o gavião", lembra a dona de casa.

Cansada da situação, a dona de casa fez um desabafo nas redes sociais pedindo ajuda. "Está sendo uma luta, só Deus sabe...ninguém pode fazer nada, já nem saio mais no quintal e não estou levando minha filha à escola...sim, estamos prisioneiros em nossa própria casa", diz trecho da postagem.

Para tentar amenizar o problema, Sandra conta que ligou para o Corpo de Bombeiros e chamou a Polícia Ambiental. Ouviu, porém, que é proibido mexer no ninho dos gaviões. "Os policiais vieram e explicaram que não podem fazer nada, que tenho que esperar os gaviões saírem daqui sozinhos", acrescenta.

Terceira vez

Morando no imóvel desde janeiro deste ano, a dona de casa explica que essa é a terceira vez que gaviões utilizam o ninho da árvore para reprodução. Mas essa foi a primeira vez que ela e os filhos começaram a ser atacados.

"Outros dois casais de gaviões já viveram aqui e tiveram seus filhotinhos, era lindo vê-los aprendendo a voar. Não sei por que dessa vez estamos tento tendo problema. Não quero machuca-los, só queria poder ficar em casa tranquilamente", diz.