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Witzel promete solução para crise hídrica do RJ em, "no máximo", uma semana

O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC) - André Melo Andrade/Am Press & Images/Estadão Conteúdo
O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC) Imagem: André Melo Andrade/Am Press & Images/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo e no Rio

22/01/2020 16h10

Resumo da notícia

  • Witzel prometeu solução a curto prazo após ser cobrado por moradora do Rio
  • Governador admitiu que "a água não está em possibilidade de ser consumida"
  • Reclamações quanto à qualidade da água começaram no dia 6 deste mês
  • Cedae usará carvão ativado para livrar água de substância que provoca gosto de terra

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse hoje que a crise da água no estado deve ser resolvida em, no máximo, uma semana. A declaração foi dada durante evento em Bonsucesso, bairro na zona norte carioca. Cobrado por uma moradora, o governador prometeu uma solução a curto prazo.

"[O problema] vai ser resolvido. A água não está em possibilidade de ser consumida. Não tem problema na saúde, mas vai resolver. No máximo em mais uma semana vai resolver", anunciou, segundo imagens da Rede Globo.

Por sua vez, a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro), empresa pública responsável pelo abastecimento hídrico fluminense, ainda não estipulou um prazo para solucionar a crise.

Segundo a companhia, a água tem chegado aos consumidores com geosmina, uma substância orgânica produzida por cianobactérias que se proliferam no local de captação. O composto, segundo autoridades, é responsável por gosto e odor terrosos na água, o que tem provocado reclamações por parte da população desde o dia 6 deste mês.

Segundo especialistas ouvidos pelo UOL, a presença de esgoto nos mananciais que abastecem a ETA (Estação de Tratamento de Água) Guandu é a principal causa para a proliferação de cianobactérias responsáveis pela liberação da geosmina. Atualmente, cerca de 9 milhões de pessoas no Rio e de outras sete cidades da região metropolitana consomem a água produzida na estação, que está no centro da crise da água.

A Cedae afirmou que deve começar amanhã a aplicação de carvão ativado na água para combater a presença de geosmina.

O preço da água aumentou em várias regiões do Rio e a busca por água mineral tem zerado os estoques em supermercados.

Witzel disse ontem que considera a hipótese de sabotagem para a crise da água. "Eu desconfio que houve uma sabotagem. Exatamente para manchar a gestão eficiente que está sendo feita na Cedae, para o leilão."

A Polícia Civil fez na semana passada diligências na ETA Guandu e ouve funcionários da empresa.

Na semana passada, Witzel anunciou um plano de concessão do saneamento de 64 municípios fluminenses que ainda são responsabilidade da Cedae. O projeto visa arrecadar R$ 32 bilhões.

O plano é que a cidade do Rio e os demais municípios fluminenses sejam divididos em quatro blocos a serem concedidos a grupos privados. Eles terão que atender metas de universalização do fornecimento de água e da ampliação da rede de coleta de esgoto em suas áreas de atuação. A medida, porém, precisa ser aprovada pela Câmara de Vereadores de cada uma das cidades afetadas.

Ouça o podcast Baixo Clero (https://noticias.uol.com.br/podcast/baixo-clero/), com análises políticas de blogueiros do UOL.

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