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Idosa de 80 anos morre após ser arrastada por enxurrada em Nova Iguaçu (RJ)

Rio de Janeiro enfrente problemas com chuvas e pessoas ficam ilhadas - Reprodução Twitter
Rio de Janeiro enfrente problemas com chuvas e pessoas ficam ilhadas Imagem: Reprodução Twitter

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

03/02/2020 11h00

Uma idosa de 80 anos morreu na noite de ontem, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, após uma enxurrada invadir sua residência. Sebastiana Pereira da Silva, a filha dela e um neto foram arrastados pela água durante as fortes chuvas que atingiram a região metropolitana.

De acordo com o secretário da Defesa Civil de Nova Iguaçu, Jorge Ribeiro Lopes, o caso aconteceu no bairro Mangueira. Um rio transbordou e a água que ficou represada próxima à residência da idosa acabou resultando em uma enxurrada. A água chegou a mais de 1 m de altura dentro do imóvel.

A idosa chegou a ser levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Comendador Soares, mas chegou morta ao local.

A filha, de 44 anos, e o neto, de 11, foram levados para o Hospital Geral de Nova Iguaçu apenas com escoriações.

O Rio de Janeiro tem previsão de chuva moderada a forte no dia de hoje, principalmente nos períodos da tarde e noite.

Desabamentos no Rio

Durante o temporal, o desabamento de uma casa deixou dois feridos na Vila Kennedy, zona oeste, na noite de ontem.

Segundo o Corpo de Bombeiros, as pessoas, ainda não identificadas, foram vítimas do desabamento de uma casa na Travessa Chico Buarque, que fica em uma parte da comunidade localizada na encosta de um morro.

Os dois foram atendidos pelos vizinhos e encaminhados ao hospital, por isso, os bombeiros não têm informações sobre o estado de saúde dos dois.

O temporal também provocou o desabamento de parte do teto do Hospital Municipal Raul Gazolla, em Acari, na zona norte, sem atingir ninguém. Uma casa também desabou em Bangu, na zona oeste, deixando três pessoas levemente feridas.

As chuvas também provocaram alagamentos em diversos pontos da cidade. O Centro de Operações da prefeitura registrou mais de 40 pontos de alagamento ou de bolsões de água. Até as 6h40 de hoje, ainda havia pontos de alagamento em vias importantes, como a avenida Brasil e a Linha Vermelha.

A cidade entrou em estágio de atenção (patamar intermediário de uma escala de cinco níveis) ontem, mas retornou ao estágio de mobilização (segundo menos grave da escala) na madrugada de hoje. Bolsões de água e alagamentos atrapalharam o trânsito e o fluxo dos trens nesta manhã. Foram registrados mais de 40 pontos de retenção pela cidade.

Por volta das 7h30 ainda havia problemas de fluxo na Linha Vermelha e na avenida Brasil, duas das principais vias de acesso à cidade. Na Supervia, problemas na sinalização decorrentes da chuva suspenderam o transporte em alguns ramais.

De acordo com o sistema Alerta Rio, a zona norte foi a região onde mais choveu. A chuva que caiu em Anchieta (113 mm) equivale a 90,3% do esperado para todo o mês de janeiro. Choveu muito também no Alto da Boa Vista (100,6 mm). Segundo a Defesa Civil Municipal, sirenes de alerta chegaram a ser acionadas em oito comunidades nas zonas norte e oeste.

Foram registradas também rajadas de vento fortes, a mais intensa delas no Aeroporto Santos Dumont, no centro, com 59,3 km/h. Desde as 19h50 do domingo, o município estava em estágio de atenção. A cidade retornou ao estágio de mobilização às 3h20.

*Com informações da Agência Estado e da Agência Brasil