Sobe para 5 o número de pessoas mortas suspeitas de intoxicação com cerveja
Resumo da notícia
- João Roberto Borges,74, morreu no Hospital Madre Teresa, em BH
- Ele era o juiz titular da 28ª Vara do Trabalho da capital mineira
- Segundo a polícia, o homem apresentou os sintomas após ingerir cervejas da Backer
Um paciente internado com sintomas de intoxicação por dietilenoglicol, substância tóxica encontrada em lotes de cervejas da marca Backer, morreu hoje, no Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte. O juiz João Roberto Borges, era titular da 28ª Vara do Trabalho da capital mineira, e tinha 74 anos.
De acordo com a PC (Polícia Civil), chega a cinco o número de mortos por suspeita de intoxicação pela cerveja em Minas Gerais. O corpo de Borges foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal).
Segundo a polícia, ele apresentou o mesmo quadro de saúde e sintomas de outros pacientes após ingerir cervejas da Backer.
Entre as principais características da intoxicação por dietilenoglicol estão o aparecimento de problemas renais, até insuficiência completa, e alterações neurológicas, como cegueira parcial e completa.
Ao todo, de acordo com a polícia, são investigados outros 30 casos de intoxicação pela substância em Belo Horizonte. Os outros quatro casos de pessoas que não resistiram foram registrados entre dezembro de 2019 e janeiro deste ano.
Backer diz que é a "maior interessada" em esclarecer fatos
A cervejaria Backer, por meio de nota, disse hoje que é "a maior interessada em saber o que de fato aconteceu" na contaminação das cervejas que fabrica e que colabora com as investigações.
Ainda segundo o texto, "em relação às mortes ocorridas por suspeitas de intoxicação por dietilenoglicol, a Backer compartilha da dor dos familiares das vítimas e, ainda que inconclusas as investigações sobre o acontecido, continua prestando o suporte necessário a todos os atingidos".
"Por iniciativa própria, a empresa recorreu ao MP (Ministério Público) para ampliar ainda mais o suporte prestado às famílias dos atingidos", informa o comunicado da cervejaria.
A Backer sempre negou o uso do dietilenoglicol em seu processo de produção da cerveja e afirma que utiliza somente o monoetilenoglicol.
Porém, ambas as substâncias foram encontradas em amostras colhidas em lotes da bebida e na água utilizada na produção de cerveja pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
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