Sob motim, Exército vai ao Ceará: "Missão é estabelecer ambiente estável"
Após assumir parte do patrulhamento das ruas de Fortaleza e da região metropolitana, devido à crise na segurança pública enfrentada pelo estado do Ceará, o Exército admitiu a gravidade da situação e afirmou que tem como missão "estabelecer ambiente estável e seguro".
A tropa com 2500 homens deve permanecer no estado entre os dias 20 e 28 de fevereiro. Reforços serão enviados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte ainda hoje.
"Esse esforço tem por finalidade a preservação da ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio, contribuindo para o restabelecimento das condições de normalidade no Estado do Ceará, com foco no município de Fortaleza", diz trecho do comunicado.
"A missão inclui estabelecer um ambiente estável e seguro, por meio de operações de Garantia da Lei e da Ordem, compreendendo atividades de patrulhamento ostensivo, com revista de veículos e pessoas, utilizando as medidas necessárias para a operação", completa.
O Ceará vive mais uma crise na segurança pública após policiais e bombeiros militares se amotinarem em pelo menos dois quartéis, rejeitando a proposta do governo estadual de reajuste salarial.
Nesta sexta-feira, homens encapuzados fecharam a base na Ciopaer (Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas) e o BPRaio (Batalhão de Ronda e Ações Intensivas e Ostensivas) em Sobral (270 km de Fortaleza), cidade onde o senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado.
Violência no CE cresce
De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, o estado vive o período mais violento deste ano: as 29 mortes registradas entre as 6h de quarta-feira (19) e as 6h de quinta extrapolam a média de 6 assassinatos por dia registradas no Estado de 1º de janeiro até 18 de fevereiro.
Na madrugada de hoje, pelo menos mais duas pessoas foram assassinadas, incluindo um adolescente de 16 anos no bairro Vicente Pinzon, em Fortaleza, atacado e morto por sete homens que estavam a bordo em motocicletas.
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