O ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou hoje que o motim de policiais militares no Ceará é "ilegal", durante palestra realizada hoje no Consud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste).
"O governo federal vê com preocupação a paralisação, que é ilegal, da polícia militar no estado. É claro que o policial tem de ser valorizado. É claro que policial não pode ser tratado como criminoso. O que ele quer é cumprir a lei e não violar a lei, mas de fato é que essa paralisação é ilegal, é proibida pela Constituição. O Supremo Tribunal Federal já decidiu isso", afirmou ele.
O Ceará vive mais uma crise na segurança pública após policiais e bombeiros militares se amotinarem em pelo menos dois quartéis, rejeitando a proposta do governo estadual de reajuste salarial.
Na semana passada, homens encapuzados fecharam a base na Ciopaer (Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas) e o BPRaio (Batalhão de Ronda e Ações Intensivas e Ostensivas) em Sobral (270 km de Fortaleza), cidade onde o senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado.
Violência no CE cresce
De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, o estado vive o período mais violento deste ano: as 29 mortes registradas entre as 6h de quarta-feira (dia 19) e às 6h de quinta (20) extrapolam a média de 6 assassinatos por dia registradas no Estado de 1º de janeiro até 18 de fevereiro.
Diante do impasse nas negociações entre governo estadual e grevistas, o presidente Jair Bolsonaro decidiu assinar um novo decreto para estender por mais uma semana a operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) no Ceará, que vive uma crise na segurança pública após o movimento de greve de policiais.
O governador Camilo Santana (PT) havia solicitado a renovação da medida, que autoriza a presença das Forças Armadas no estado, por mais 30 dias. O Planalto, porém, avalia que a medida deva ser usada em caso de extrema urgência. Segundo integrantes do governo, há um temor de banalização do uso da operação.
A decisão de estender um pouco mais a presença das Forças Armadas no Estado aconteceu após uma reunião ministerial na manhã de hoje (leia ao final do texto a íntegra da nota oficial da Presidência da República). Participaram os ministros da Defesa, general Fernando Azevedo, da Justiça, Sergio Moro, da Advocacia-Geral, André Mendonça, da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e da Secretaria-Geral, Jorge de Oliveira, que é também o responsável pela publicação do Diário Oficial da União.
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