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Bolsonaro defende luta contra a esquerda em evento empresarial nos EUA

Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) - Alan Santos/PR
Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) Imagem: Alan Santos/PR

Do UOL, em São Paulo

09/03/2020 14h05

Em discurso na manhã de hoje durante o Seminário Empresarial Brasil-Estados Unidos, em Miami, o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) disse que é necessário "lutar para que outros países da nossa América do Sul não vivenciem o que está experimentando, lamentavelmente, os nossos irmãos venezuelanos" e defendeu a luta contra a esquerda.

Além de Bolsonaro, outros políticos que discursaram no Seminário fizeram menção à situação da Venezuela. Eles disseram ser contra o comunismo e que, por isso, veem a união Brasil e Estados Unidos como um 'fortalecimento' contra essa ideologia.

Ao se referir à esquerda brasileira, o presidente disse: "Caminhamos desta maneira [na política do governo], temos um inimigo interno ainda forte, a esquerda. Combatemos duramente. Sabemos que não podemos dar trégua ou oportunidade para eles. Caso contrário, eles voltam. Como voltaram no país ao Sul da nossa querida América".

Com o pronunciamento em português, Jair Bolsonaro também resumiu o histórico do seu mandato. E disse que o atentado contra ele foi uma tentativa de seus inimigos tentarem pará-lo, mas que isso não foi o suficiente e ele conseguiu vencer as eleições.

Sobre a economia, o presidente destacou a vitória na aprovação da Reforma da Previdência, disse que há mais duas reformas a caminho e revelou que conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na noite de ontem.

"Outras duas [reformas] se apresentam pela frente. Conversei ontem rapidamente com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e ele falou que, apesar de alguns atritos, isso é normal de acontecer na política, a Câmara fará sua parte, buscando a melhor reforma administrativa e tributária. Afinal de contas, o Brasil não pode continuar sendo um dos países mais difíceis de fazer negócio", comentou.

O presidente chegou a falar sobre a relação entre o governo brasileiro e os Estados Unidos nos últimos anos. Para ele, é necessário reestabelecer a confiança entre os dois países.

"Eu reconheço a diferença, a grande distância, econômica e bélica do Brasil e dos Estados Unidos, mas estamos cada vez mais nos apresentando para que essas distâncias sejam diminuídas e o eixo Norte-Sul seja reestabelecida. O Brasil é importante para os Estados Unidos, assim como os Estados Unidos são muito importantes para o nosso país", concluiu.

O Seminário Empresarial Brasil-Estados Unidos foi promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX) numa parceria com o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, e reuniu cerca de 350 empresários e autoridades.