Covas diz que bloqueio não funcionou e pede que população adote isolamento
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse, em entrevista coletiva na manhã de hoje, que os bloqueios do trânsito nas vias da capital não surtiram o efeito desejado e pediu "solidariedade" para a população em meio à pandemia do novo coronavírus.
Covas comentou que, a partir de hoje, os bloqueios que entraram em vigor na segunda-feira (4) "voltam a ser apenas educativos, e não mais restritivos".
Na segunda-feira, os bloqueios foram educativos e tiveram a liberação de uma faixa. Ontem, foram restrições totais com autorização somente para o transporte coletivo, ambulâncias e veículos de profissionais da saúde. O prefeito ainda disse que "em breve" deseja anunciar novas medidas para diminuir a circulação de pessoas na cidade. De acordo com ele, a taxa de isolamento está inferior a 50%. O recomendado por autoridades de saúde é de 70%.
"Observamos ao final do dia que não houve aumento do número de pessoas que ficam em casa. O compromisso da prefeitura é com a vida das pessoas. A gente não tem compromisso com o erro, razão pela qual nós não aplicamos mais o bloqueio no dia de hoje. Já solicitamos que a Secretaria Municipal de Transporte apresente outras medidas para que sejam implementadas", disse o tucano.
Covas ressaltou o pedido para, quem puder, que ajude as pessoas vulneráveis a ficarem dentro de casa já que é "cada vez maior a letalidade, em especial, nas periferias". "Eu queria recorrer, mais uma vez, à solidariedade da nossa população, que tanto entende a mensagem de ajudar as pessoas mais necessitadas com a doação de alimentos, [e peço] que também entendam a necessidade de ajudar as pessoas mais vulneráveis a permanecerem dentro de casa".
Bloqueio total na cidade?
Ao ser perguntado sobre a chance de bloqueio total de alguma área na cidade de São Paulo, o prefeito respondeu que depende da Secretaria de Saúde repassar à prefeitura quais medidas serão necessárias para o combate da doença a partir de informações da evolução do vírus na cidade.
"São eles [Secretaria de Saúde] que analisam diariamente os índices, os dados, os números, a evolução da doença, o que é necessário ser feito. [Eles] sabem quais os efeitos, que vão além da questão sanitária para a área econômica. Assim que a Secretaria de Saúde apontar que deve ser feito isso ou aquilo, nós faremos".
Durante a entrevista, Covas ressaltou que o compromisso da prefeitura é "com a vida" e, se necessário e indicado pela Secretaria de Saúde, ele tomará as medidas necessárias para evitar a disseminação da doença.
"A gente sabe que isso [medidas de isolamento] tem um custo, as pessoas reclamam, mas nós vamos continuar fazendo o que é necessário para poder salvar vidas aqui. Assim que a área da saúde apontar como necessário, seja a flexibilizar, seja manter, seja endurecer, é isso que nós vamos seguir aqui no município de São Paulo", explicou.
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