Ciclone bomba: Prefeito de Florianópolis pede para pessoas ficarem em casa
O ciclone extratropical que atinge principalmente a região sul do país motivou o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), a pedir para que a população da cidade fique em casa hoje, de preferência longe de vidros pelo risco de eles se quebrarem com a força dos ventos. O fenômeno natural ficou conhecido como ciclone bomba e já causou mortes e estragos ontem.
"A orientação continua sendo a população permanecer em casa, longe dos vidros. Nas ruas ter um cuidado porque as placas estão sendo arremessadas, as árvores estão caindo, os postes caindo, então a orientação é não sair de casa. Há uma previsão por volta das 10h de rajadas em torno de 90 km/h", disse Loureiro em entrevista à CNN Brasil.
O prefeito contou que o ciclone atingiu a capital no final da tarde de ontem com ventos que chegaram a 100 km/h, causando muitos estragos. Loureiro, porém, comemorou o fato de Florianópolis não ter tido nenhuma morte como consequência do fenômeno.
"O vento chegou pelo sul da ilha por volta das 16h, veio em direção ao centro da cidade, região continental e ao norte da ilha. Realmente teve muita destruição, ventos próximos a 100 km/h. Felizmente, a duração dessa intensidade foi em torno de 20 minutos, mesmo assim os estragos foram muito graves", relatou o prefeito.
"Tivemos centenas de árvores que caíram, que bloquearam as avenidas, postes que foram derrubados, abrigos de ônibus que voaram, o destelhamento de centenas de casas e estabelecimentos", acrescentou Loureiro.
O prefeito também demonstrou preocupação com a comunicação na cidade. Loureiro disse que muitas pessoas estão sem energia e a rede de internet do município ficou seriamente prejudicada.
"Estávamos já com em torno de 150 mil unidades consumidoras sem luz.", afirmou Loureiro. "As árvores que caíram sobre fios causaram um problema sério. A expectativa é trabalhar durante todo o dia para repor. O sistema de internet está funcionando, mas muitos locais não conseguem atingir o 4G. A comunicação realmente ficou muito difícil".
Apesar da situação preocupante, o prefeito afirmou que a população de Florianópolis não deve ficar desassistida caso sofra com os efeitos do ciclone bomba.
"Toda essa estrutura da Defesa Civil, da Secretaria de Assistência Social e de uma rede voluntários da Prefeitura, rede Somar, onde todos se solidarizam, felizmente Florianópolis tem esse sentimento de apoios nesses momentos e uma estrutura já planejada e organizada para qualquer sinistro que possa acontecer", concluiu.
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