Ciclone em SC: atingida por árvore, mulher morre no dia do seu aniversário
A vendedora Miraci Fernandes, de 37 anos, morreu após o carro em que estava ser atingido por uma árvore durante o "ciclone bomba" registrado ontem no Sul do país. A morte ocorreu no dia do seu aniversário, quando ela voltava do interior de Itaiópolis (SC) com dois colegas da funerária na qual havia começado a trabalhar dois dias antes.
Em Santa Catarina, ao menos nove pessoas morreram devido ao "ciclone bomba", enquanto no Rio Grande do Sul um homem morreu em decorrência do fenômeno que causou ventos de mais de 100 km/h.
O agente funerário Alex Moreira Bueno, 20 anos, estava dirigindo o Fox quando começou a tempestade. Ele contou ao UOL que outra funcionária estava no banco do carona e Miraci estava no assento atrás do motorista.
"Estava chovendo bastante. Eu estava andando na estrada e, quando vi, o último eucalipto de uma fileira caiu de trás para frente. Não deu tempo de desviar", disse
A árvore caiu na diagonal do carro e, devido ao impacto, o forro do veículo acabou abaixando. Miraci foi a primeira a ser atingida e, em seguida, a colega dela.
Alex conseguiu sair do veículo e sofreu apenas arranhões nas pernas. "Foi um estouro muito forte, um barulho alto, foi horrível. Depois de sair do carro eu chamei por elas, e elas não responderam, daí corri por socorro", conta o motorista.
Miraci morreu no local, enquanto a outra passageira quebrou a clavícula e precisou ser hospitalizada. Os três estavam voltando do interior após um treinamento de vendas de planos funerários no interior da cidade. A outra mulher também havia conseguido o emprego dois dias antes.
Segundo Alex, Miraci já havia trabalhado na funerária há seis anos e, logo após, passou a atuar em outra empresa do ramo. "Ela estava sempre dando risada, muito extrovertida", diz o colega.
Miraci deixa três filhos
Segundo a amiga Cleunice de Fátima Squioquet, Miraci deixa três filhos - um menino e duas filhas pequenas. "A Miraci sempre foi muito batalhadora. Fazia de tudo pelos filhos."
Cleunice, 34 anos, diz que a conhecia há mais de 15 anos. "Era muito alegre. Sempre que eu a encontrava ela estava sorrindo", conta. Na última quinta-feira (25), Cleunice avistou a amiga dentro de um carro, que retribuiu com um aceno. "É a última lembrança que eu tenho dela."
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