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Pai em tratamento depois do ciclone bomba vê parto do filho pelo celular

Fábio está hospitalizado após ter queimaduras enquanto trabalhava para restabelecer luz depois do ciclone bomba - Reprodução/NSC TV/TV Globo
Fábio está hospitalizado após ter queimaduras enquanto trabalhava para restabelecer luz depois do ciclone bomba Imagem: Reprodução/NSC TV/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

22/07/2020 08h59Atualizada em 22/07/2020 09h10

Fábio pensou que não iria acompanhar o nascimento do filho Pedro. Ele está internado para tratamento na cidade de Chapecó, em Santa Catarina, depois de sofrer queimaduras no corpo.

Ele trabalhava na reinstalação de energia elétrica no estado depois da passagem do ciclone bomba, em junho. Cerca de 50% do seu corpo foi queimado no acidente de trabalho.

Ao mesmo tempo, o nascimento do seu filho caçula com Patrícia Hoffelder estava programado para o mês de julho e em outra cidade, em Joaçaba, 160 km distante de Chapecó.

Porém, as equipes médicas das duas cidades encontraram uma solução para "aproximar" o casal: Fábio acompanhou a chegada do menino Pedro através de uma ligação por celular.

"Na hora, a gente já conversou com toda a equipe, com ele, com a familiar, com a irmã dele, de nós tentarmos articular essa videochamada no momento exato do parto. E felizmente deu certo", disse Caroline Frilich Bringhenti, enfermeira assistencial, ao telejornal NSC Notícias, da TV Globo.

Patrícia contou que a maior preocupação dela, antes de tudo, foi com o estado de saúde de Fábio.

"Assim que eu entendi que ele estava fora de perigo, comecei a pensar como seria o parto", disse ela, que também é mãe de Bianca, de seis anos.

Fábio passava palavras de incentivo para a mulher durante o parto. "Para mim, eu fechava o olho e imaginava como se ele tivesse comigo naquele momento", afirmou Patrícia.

Agora, o pai do Pedro e da Bianca seguiu para Florianópolis para continuar o tratamento das queimaduras.