Metroviários de São Paulo ameaçam fazer greve na terça-feira (28)
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo convocou uma greve para a próxima terça-feira (28), a partir da meia-noite. A entidade que representa a categoria alega que o Metrô-SP (Companhia do Metropolitano de São Paulo) anunciou um corte de 10% na folha salarial de todos os funcionários, devido à queda de arrecadação durante a pandemia do novo coronavírus. A paralisação afetaria as linhas 1 - Azul, 2 - Verde, 3 - Vermelha e 15 - Prata.
Na segunda-feira (27), acontecerá uma reunião de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) às 11h. Se forem aceitas as reivindicações feitas pelo sindicato, a greve poderá não ocorrer.
Segundo o sindicato, às 23h de ontem foi disparado um e-mail para todos os funcionários com o aviso de que o salário do mês de julho, pago no próximo dia 31, será processado com a redução, e a diferença seria creditada logo que houvesse receita. De acordo com o informativo, a Secretaria do Planejamento do Estado de São Paulo teria repassado um valor abaixo da totalidade dos valores a serem pagos.
Os sindicalistas dizem que a direção do Metrô e o Governo do Estado de São Paulo não teriam aceitado a prorrogação do acordo coletivo de salários, vencido em abril, até dezembro.
A Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários) informou que o salário de junho já foi creditado com descontos retroativos ao mês de maio. Ainda existe a proposta de redução do adicional noturno e da hora extra.
Ainda existe a proposta de abertura geral das catracas, e o metrô teria seu funcionamento sem a cobrança de passagem na referida data. Mas para isso, seria necessária a autorização da diretoria da empresa.
O que diz o Metrô
Procurado pelo UOL, o Metrô disse que diversas medidas de ajuste financeiro foram tomadas durante a quarentena, como a renegociação e suspensão de novos contratos e a adoção de home office definitivo em alguns setores. No entanto, com a baixa arrecadação por um longo período, serão pagos apenas 90% do salário de julho dos funcionários, com o acerto total apenas quando obtiver receita.
A companhia ainda informa que, mesmo com a crise provocada pela covid-19, transportou 35% da demanda comum de passageiros, conseguindo manter em 100% a oferta de trens. Ainda explica que foi honrado por quatro meses o pagamento integral de salários e benefícios.
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