Carro de casal que desapareceu após ir à farmácia no PR é achado queimado
Investigadores da Polícia Civil do Paraná confirmaram hoje que um carro encontrado queimado anteontem em um ramal de Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, é do casal Liliana Vargas de Lima, de 33 anos, e Felipe Augusto Coelho de Azevedo, de 25. Eles estão desaparecidos desde 15 de julho, quando saíram de casa dizendo que iriam à farmácia comprar um remédio e não retornaram ou entraram em contato.
Até a confirmação de que o carro é o do casal, a Polícia Civil não havia descartado nenhuma hipótese para o desaparecimento. Agora o caso seguirá a linha de investigação de homicídio, afirmou o delegado Fábio Machado.
"A gente vai concentrar agora a investigação para encontrar eventuais corpos do casal na cidade e região. Estamos partindo para a hipótese de homicídio, pois agora a linha de desaparecimento fica muito remota", comentou o delegado.
Corpo encontrado
Um corpo do sexo masculino foi encontrado perto do veículo, mas a perícia já descartou que seja o de Felipe. A Polícia Civil busca identificar o cadáver e saber se tem alguma relação com o caso.
A Polícia Civil ainda busca informações se o casal teria relações de inimizades ou dívidas com alguém. A família não soube informar em depoimentos se Liliana e Felipe tinham problemas com outras pessoas. A mulher trabalha como vendedora autônoma e o homem é caminhoneiro.
Família mantém esperança
As famílias do casal sabem desde ontem que o carro foi encontrado. Os parentes acreditam que, apesar de a Polícia Civil adotar a linha de investigação de homicídio, há esperança de que Liliana e Felipe estejam vivos.
"Já procuramos em todo canto e vamos sempre atrás de algumas pistas, mas até agora nada. O carro agora foi encontrado queimado em Campo Magro e nada deles. Acho que foram sequestrados e devem estar sendo mantidos em cativeiro", diz Leocir de Fátima Fontoura, mãe de Liliana.
O desaparecimento
O casal mora no bairro Colônia Rio Grande, em São José dos Pinhais, na região Metropolitana de Curitiba. No dia do desaparecimento, estavam no imóvel a filha de Liliana, de 15 anos; e o bebê do casal, de um ano. Eles teriam dito à adolescente que iriam comprar um medicamento em uma farmácia para Liliana, que estaria com dor de cabeça.
Câmeras de segurança de farmácias abertas no horário do desaparecimento do casal não registram a entrada de Liliana e Felipe. Imagens do condomínio onde moram mostraram a saída, sem qualquer aparente anormalidade. Na noite do desaparecimento, nenhum dos dois levou mala ou qualquer outra roupa.
A mãe de Liliana conta que a família já visitou hospitais e contratou um advogado para realizar buscas para saber se estavam presos por algum crime, mas nenhuma pista foi encontrada.
Segundo Leocir, Liliana e Felipe estão juntos há três anos. Apesar do histórico de ciúmes do marido, ambos "estavam felizes, com muito amor", o que tornou o caso um mistério para a família.
"A menina (filha de Liliana) está comigo, e o bebê com a família do Felipe porque estamos em uma correria para lá e para cá atrás dos dois. A filha nem come direito e chora em busca da mãe. Todo mundo sofre um abalo mental, é uma tortura psicológica", lamentou Leocir.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.