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DF: militares suspeitos de ajudar em tráfico de animais serão investigados

Cobra naja que picou estudante de veterinária foi apreendida pela Polícia Florestal do DF - Arquivo pessoal / Facebook
Cobra naja que picou estudante de veterinária foi apreendida pela Polícia Florestal do DF Imagem: Arquivo pessoal / Facebook

Do UOL, em São Paulo

30/07/2020 09h56

Militares do Batalhão da Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal serão investigados por suspeita de participação no esquema de tráfico internacional de animais apurado na Operação Snake, deflagrada após um estudante de veterinária, Pedro Henrique Krambeck, ser picado por uma cobra que ele criava ilegalmente. Ele foi preso ontem.

A Corregedoria-Geral da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal) abriu um inquérito policial para investigar a conduta de agentes no caso. A notícia foi publicada pelo site Metrópoles e confirmada pelo UOL.

Vídeos e relatórios apontam que agentes teriam agido para atrapalhar as investigações. Imagens de câmeras de seguranças do Shopping Píer 21 mostram o momento em que o estudante Gabriel Ribeiro, amigo de Pedro Henrique Krambeck, deixa uma cobra naja no estacionamento. Menos de um minuto depois, uma equipe da PM chega e recolhe o animal.

"A Polícia Militar irá instaurar inquérito policial militar para investigar o caso e adotará todas as medidas necessárias após análise dos fatos. A Corregedoria da PM irá conduzir os trabalhos de investigação juntamente com o Ministério Público Militar. Demais informações não serão repassadas a fim de não prejudicar as investigações", disse a Polícia Militar em nota ao UOL.

A Polícia Civil começou a investigar a existência de um esquema de tráfico nacional ou internacional de animais depois que Pedro Henrique Krambec foi picado por uma cobra naja em Brasília, em 7 de julho. Após o caso, denúncias anônimas levaram a polícia a um haras onde havia mais 16 cobras de espécies exóticas.

A polícia suspeita ainda que o jovem, junto a outros colegas de faculdade, usava as serpentes para produzir soro antiofídico ilegalmente. Gabriel Moura já está preso temporariamente e, ontem, Krambec também foi preso pela Polícia Civil. Uma servidora do Ibama também foi afastada do cargo por suspeita de ligação o esquema.