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Fiscais são ofendidos e cercados por clientes de bar em Ribeirão Preto

6.set.2020 - Clientes cercam e hostilizam fiscais que faziam vistoria em bar de Ribeirão Preto (SP) - Reprodução/EPTV
6.set.2020 - Clientes cercam e hostilizam fiscais que faziam vistoria em bar de Ribeirão Preto (SP) Imagem: Reprodução/EPTV

Do UOL, no Rio

06/09/2020 14h11

Fiscais a serviço da prefeitura de Ribeirão Preto (SP) foram ofendidos e tiveram o carro cercado por clientes de um bar após uma vistoria feita na noite da última sexta-feira (4) em decorrência da pandemia do novo coronavírus. O episódio foi filmado por um dos agentes e transmitido nas redes sociais, segundo revelou reportagem da TV Globo.

Os proprietários do estabelecimento lamentaram o incidente e disseram que não tomaram medidas porque "o órgão de autoridade pública já estava envolvido no caso".

De acordo com a reportagem, os proprietários do estabelecimento também se comprometeram a reforçar os cuidados para evitar desrespeito aos protocolos de saúde impostos pelos órgãos públicos para minimizar os riscos de transmissão da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

"Os sócios pedem desculpas a toda a sociedade e aos demais poderes envolvidos e se comprometem a ampliar esforços no sentido de evitar, não só aglomerações, como qualquer comportamento que desrespeite as medidas sanitárias exigidas na contenção da propagação do novo coronavírus, além de estarmos atentos ao cumprimento das normas do município", diz a nota emitida pelos proprietários do bar.

O estabelecimento informou, ainda, que adotou medidas, como distanciamento entre as mesas, redução de funcionamento para 40% da capacidade e fechamento às 22h, horário estabelecido pelo decreto municipal.

Entretanto, os fiscais da prefeitura de Ribeirão Preto (SP) alegam que havia mais clientes do que o autorizado, havia música ao vivo e cadeiras na calçada, em descumprimento às normas. O bar será autuado pelas infrações e por impedir a fiscalização, diz a prefeitura.

O caso foi remetido ao MP-SP (Ministério Público de São Paulo). Os clientes identificados no incidente irão responder por crime contra a saúde pública e desacato. Já o dono do estabelecimento, que poderá ser interditado, responderá por dano moral coletivo.