Doria sobre André do Rap: 'A essa altura já está na Bolívia ou Paraguai'
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que a polícia monitorou os passos de André Oliveira Macedo, o André do Rap, acusado de chefiar o PCC (Primeiro Comando da Capital) após sua soltura e que, a essa altura, ele já está fora do país.
Macedo deixou a penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, na manhã de sábado (10), após o ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal) ter deferido dois habeas corpus em seu favor. O presidente do STF, Luiz Fux, suspendeu a soltura quando ele já havia deixado o presídio.
"Agora esta a polícia de São Paulo toda mobilizada para achar o André do Rap, que a essa altura já está fora do Brasil, evidentemente. Ele não foi para o Guarujá, como prometeu ao juiz. A polícia de São Paulo monitorou, ele foi para Maringá, de Maringá pegou um avião com alvará de soltura, com o habeas corpus do ministro marco Aurélio, e a essa altura já está na Bolívia ou no Paraguai. É fugitivo da polícia", disse o tucano em entrevista a José Luiz Datena, na rádio Bandeirantes.
Mais uma vez, Doria criticou a decisão do ministro Marco Aurélio, classificando-a como um "erro profundo". Ao UOL, o ministro disse que aplicou a lei "porque o processo não tem capa, mas conteúdo".
"Dizer que não leu a capa do processo...como é que quer fazer justiça sem saber se está avaliando um criminoso, um assassino, um homicida, ou um ladrão de bisnaga de pão de padaria? Como é que um juiz pode avaliar se está tendo uma medida justa e correta sem saber quem está julgando?", questionou o governador.
Doria lembrou que Macedo foi preso no ano passado em uma mansão em Angra dos Reis. Ele foi localizado após comprar uma lancha de 60 pés avaliada em R$ 6 milhões, que era mantida sob os cuidados de três marinheiros no litoral fluminense. "Milionário às custas do crime, e esse criminoso foi solto pelo ministro Marco Aurélio. É decepcionante, o mínimo que posso dizer, a atitude do ministro", acrescentou.
Ontem, em entrevista ao UOL, o ministro citou o governador de São Paulo. Questionado se a intenção da decisão de Fux era jogar o caso "para a plateia", o ministro disse não ter "a menor dúvida", acrescentando que "prevalece também nas palavras do governador João Doria a busca de atender ao reclamo público".
Nas redes sociais, o tucano parabenizou Fux pela decisão.
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