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Homem prova inocência com ajuda de policial civil após 3 anos preso no DF

Lucas Moreira de Souza provou inocência após quase três anos preso no DF - Reprodução/TV Globo
Lucas Moreira de Souza provou inocência após quase três anos preso no DF Imagem: Reprodução/TV Globo

Colaboração para o UOL

22/10/2020 16h59

Preso por quase três anos acusado de crimes que não havia cometido, um homem conseguiu provar inocência com a ajuda de um policial civil e deixou o Complexo Penitenciário da Papuda nesta quinta-feira (22). Lucas Moreira de Souza, 26, foi detido em dezembro de 2017 por supostamente participar de uma série de roubos no Distrito Federal . As informações são da TV Globo.

Livre após um alvará ser expedido pelo TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) na noite desta quarta (21), Souza reencontrou o filho de cinco anos após voltar para casa. "Errar todo mundo erra. Mas estava preso por uma coisa que não fiz. Não merecia estar lá por uma coisa que não cometi", disse Souza à emissora.

Desde que foi preso, o homem tentava provar que era inocente. No dia 20 dezembro de 2017, ladrões roubaram um carro e cometeram vários delitos em Ceilândia. No Recanto das Emas, continuaram a empreitada criminosa. Inocente, Souza foi apontado como suspeito por policiais naquele mesmo dia e preso, com base em depoimentos de vítimas que o reconheceram.

Souza foi então condenado em dois processos, um por roubo e outro por cinco assaltos e uma tentativa de latrocínio. A soma das penas totalizava 77 anos de prisão.

A testemunha chave para o homem deixar a cadeia foi um policial civil, que procurou a Defensoria Pública do Distrito Federal há cerca de dois anos e conseguiu indícios de que o homem não estava envolvido nos crimes. Lucas Moreira de Souza não tem tatuagem no braço e tampouco é manco, como testemunhas relataram no processo.

Segundo a TV Globo, a defesa de Souza também mostrou que o carro usado para realizar os crimes havia sido usado dez dias antes em outras ações. Tal informação não havia sido usada pela equipe que investigou o caso.

Souza quer processar o Estado e busca uma indenização pelo erro que o colocou na cadeia. A defensora pública Antônia Carneiro, que acompanhou Souza no caso, diz ter trabalhado com "muita dificuldade para tirá-lo daquele ambiente e fazer com que ele reencontrasse a mãe e o filho".

"Vamos buscar essa indenização para que a justiça seja feita ainda mais. Que ele volte para a família e tenha uma resposta do Estado do motivo dessa condenação injusta", completou o defensor Daniel de Oliveira.