Funcionários protestam, e Hospital de Bonsucesso desiste de fechar
A direção do Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte do Rio de Janeiro, voltou atrás na decisão de fechar a unidade e vai mantê-la em funcionamento. O recuo ocorreu hoje, após profissionais concursados e terceirizados do hospital realizarem um protesto contra o fechamento. O local foi atingido por um incêndio na última terça-feira. Quatro pacientes morreram.
Na quarta, o hospital informou que fecharia o hospital todo por tempo indeterminado a partir de 1º de novembro e que os funcionários entrariam de férias coletivas nos próximos dias, com exceção de médicos dos setores de Nefrologia e Transplante, que seriam aproveitados no Hospital Federal da Lagoa, na zona sul. Segundo a direção, um novo incêndio pode ocorrer nos demais setores.
O protesto de hoje dos funcionários, porém, fez a direção voltar atrás.
De acordo com o hospital, na próxima quarta-feira, os prédios 3, 4, 5 e 6 retomam suas atividades.
"Terão continuidade as consultas ambulatoriais, sessões de quimioterapia, entrega de medicamentos oncológicos, realização de exames laboratoriais e retirada de resultados e doação de sangue. Emergências, cirurgias, internações, hemodiálise e exames de imagens, que funcionavam no prédio afetado, permanecem suspensos temporariamente até a conclusão dos reparos necessários", informou a direção em nota.
O Centro de Atenção à Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, localizado no prédio 2 do complexo hospitalar, passará por avaliação técnica para o retorno dos atendimentos.
A direção informou ainda que a apuração dos fatos que levaram ao incêndio segue em andamento e, em paralelo, será feito o mapeamento dos problemas deixados pelo incidente.
"Além disso, o Ministério da Saúde vai verificar junto à Superintendência Estadual no Rio de Janeiro e ao Hospital Federal de Bonsucesso a necessidade orçamentária extra para apoiar as soluções e obras para o restabelecimento pleno do prédio e estruturas afetadas."
"Estamos sendo jogados"
Com faixas e cartazes, os funcionários chegaram a furar o bloqueio que os seguranças faziam no portão para invadir o pátio do hospital. A PM foi chamada à unidade. Os vigilantes pediram que os profissionais deixassem o local, mas inicialmente o grupo se recusou. Apesar disso, não houve clima de tensão.
"Nós estamos sendo jogados pelo Ministério da Saúde para pontos diferentes do Rio. Outros nem sabem para onde vão ou se entraram de férias obrigatórias. Não tivemos culpa do que aconteceu e não podemos ser tratados assim. Precisamos de diálogo e que o mínimo de atendimento aos pacientes seja mantido aqui", disse uma enfermeira que pediu para não ser identificada.
Nesta manhã, terminou o trabalho de rescaldo do Corpo de Bombeiros. A unidade 1, onde ocorreu o incêndio, foi interditada pela Defesa Civil. Segundo o órgão, a decisão sobre o funcionamento dos outros prédios do Hospital cabe à direção.
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