Dr. Jairinho é afastado do Conselho de Ética da Câmara do Rio
O Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro decidiu solicitar à Justiça acesso à investigação contra o vereador Dr. Jairinho (SDD-RJ) —preso nesta quinta-feira (8) sob a suspeita de assassinar o menino Henry Borel. Também foi aprovado por unanimidade que Jairinho deixará o Conselho de Ética.
Os membros do conselho se reuniram por aproximadamente duas horas. Eles têm a intenção de usar o material para estruturar uma representação por quebra de decoro contra Jairinho —se condenado em plenário, ele terá o mandato cassado.
PSOL pedirá à Justiça afastamento
O vereador Chico Alencar, representante do PSOL no Conselho de Ética, anunciou que o partido irá pedir à Justiça que Jairinho seja imediatamente afastado do mandato.
"Vamos entrar com uma ação no TJ para que tome essa medida cautelar. Porque [outros vereadores] alegam que o Código de Ética e Decoro Parlamentar não prevê uma medida cautelar desse tipo", explica.
Já a vereadora Teresa Bergher (CIDADANIA-RJ) anunciou que irá protocolar na próxima terça-feira uma emenda ao regimento interno da casa determinando que vereadores presos automaticamente sejam afastados do mandato.
Atualmente, os vereadores presos perdem o direito ao salário, mas só são afastados após 31 dias de prisão. Caso o tempo de detenção supere 120 dias, é convocado um suplente para assumir o mandato.
Vereador e mãe do menino são presos
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na manhã de hoje o vereador Dr. Jairinho e a professora Monique Medeiros em investigação pela morte do menino Henry Borel, ocorrida no dia 8 de março. Segundo investigadores, o pedido de prisão aconteceu pelo casal atrapalhar investigações e ameaçar testemunhas.
Padrasto e mãe da vítima, o casal foi preso na casa de uma tia do político em Bangu, zona oeste do Rio. Os mandados de prisão temporária por 30 dias foram expedidos pelo 2º Tribunal do Júri. A polícia investiga o crime de homicídio duplamente qualificado —por motivo torpe e sem chances de defesa à vítima.
Para a polícia, o menino morreu em decorrência de agressões. Segundo os investigadores, Dr. Jairinho já tinha histórico de violência contra Henry. Segundo a investigação, o parlamentar se trancou no quarto para agredir a criança com chutes e pancadas na cabeça um mês antes do crime —a mãe soube das agressões, ainda de acordo com a polícia.
O casal também é suspeito de combinar versões e de ameaçar testemunhas para atrapalhar as investigações. A Polícia Civil ouviu ao menos 18 pessoas na investigação.
Após serem ouvidos na 16ª DP (Barra da Tijuca), Dr. Jairinho e Monique Medeiros seguirão para a Polinter, na Cidade da Polícia, zona norte do Rio, onde passarão por uma triagem, depois serão levados para o Instituto Médico Legal para corpo de delito. Depois disso, Dr. Jairinho e Monique serão encaminhados para presídios.
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