Polícia vai à OAB contra advogado de Jairinho por expor fotos íntimas de ex
A Polícia Civil do Rio de Janeiro vai enviar ao Ministério Público do Estado e para a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) uma representação contra André França Barreto, que defende o vereador Dr. Jairinho (sem partido) e Monique Medeiros, padrasto e mãe de Henry Borel.
Uma das acusações da polícia é de que o advogado teria divulgado fotos íntimas de uma ex-namorada do parlamentar com o objetivo de constranger e desmerecer depoimento de que a filha dela foi agredida por Dr. Jairinho quando os dois tinham um relacionamento há 8 anos. As fotos, segundo a polícia, foram enviadas pela defesa do casal para jornalistas.
Em uma imagem em que a ex-namorada aparece nua, uma frase atribuída a ela indica que Jairinho teria pago uma cirurgia estética para a mulher.
Procurado pelo UOL, André França disse que, desde que foi criada, a equipe de defesa do casal "sempre pautou a sua atuação sob a égide da ética, da técnica e do profissionalismo".
A polícia acusa o advogado pelos crimes de coação de testemunha e obstrução de Justiça.
Em nota, França disse ainda que, "a fim de conceder ampla transparência à inocência reiteradamente afirmada por seus clientes, estes advogados envidaram uma investigação defensiva, promovendo, de maneira pública e ostensiva, uma convocação de pessoas que, a partir de então, apresentaram os seus relatos, bem como vídeos, fotos e documentos, acerca da relação da Monique, do Henry e do Jairinho".
O advogado se defendeu também de ter coagido a babá e a empregada doméstica por ter conversado com as duas antes de ambas prestarem depoimento. Segundo França, o objetivo era entender como era a relação de Dr. Jairinho, Monique e Henry.
"Ressalta-se, ainda, de acordo com os termos das declarações posteriormente aduzidas à Autoridade Policial ambas prestaram depoimento desacompanhadas de advogado, inclusive destes patronos, por aproximadamente seis horas cada", escreveu.
No documento, França finaliza dizendo que "ressalta o seu compromisso com a CRFB [Constituição da República Federativa do Brasil], com o devido processo legal, e com o Código de Ética da OAB, reafirmando a sua posição inabalável de emissor das versões, motivos e explicações emitidas pelos seus clientes".
O defensor do casal tem afirmado, desde a semana passada, que não teve acesso às investigações e que a coleta de provas, como a apreensão de celulares do casal, foi feita de maneira irregular, o que a polícia e o MP negam.
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