Defesa de mãe de Henry insiste em dar novo depoimento à polícia
Os advogados de Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, 4, morto na madrugada de 8 de março, voltaram a pedir um novo depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro, que conduz o inquérito. A defesa alega que Monique tem muito a "esclarecer" e que não tem sentido deixar de ouvi-la, uma vez que outras testemunhas foram ouvidas mais de uma vez.
Em nota, os advogados ainda disseram enxergar uma "repetição de um comportamento padrão de violência contra mulheres e crianças" —com a diferença de que, neste caso, a criança morreu.
"Se várias pessoas foram ouvidas novamente, não tem sentido deixar de ouvir Monique. Logo ela, que tanto tem a esclarecer. Não crê a defesa que exista algum motivo oculto para 'calar Monique' ou não se buscar a verdade por completo", disse a defesa da mãe de Henry.
Ontem, o chefe do departamento de polícia do Rio, Antenor Lopes, disse acreditar que as investigações da morte do menino serão finalizadas até a próxima sexta-feira (23). Ele deixou claro que o caso pode ser concluído sem um novo depoimento de Monique, que no início da semana ganhou uma equipe de defesa separada da do namorado, o vereador Dr. Jairinho.
Segundo Antenor, o próximo passo da equipe é juntar as provas periciais e depoimentos para encaminhá-los ao Ministério Público.
"Temos a expectativa de conseguir encerrar esse inquérito no prazo mais rápido possível para que tudo isso seja encaminhado ao Ministério Público. Nós já julgamos ter elementos suficientes para apresentar o relatório final ao MP e em seguida ao poder Judiciário", disse.
Depoimento da babá foi gravado
O relato da babá Thayná de Oliveira Ferreira, que voltou atrás na sua versão anterior ao confirmar ao menos três agressões sofridas pelo menino Henry, foi gravado em vídeo pela Polícia Civil contra uma possível mudança do relato.
Fontes ligadas à investigação relataram ao UOL que o registro — que não é uma praxe policial — também tem o objetivo de mostrar que não havia pressão no depoimento, acompanhado pela advogada da babá.
A advogada Priscila Guilherme Sena, que representa Thayná, concorda com a medida. "Isso ajuda a preservar a investigação, para comprovar que não houve nenhum tipo de constrangimento à testemunha. E também faz parte de uma prática de modernização do inquérito", afirmou.
Criminalistas ouvidos pelo UOL entendem que a prática ajudará a preservar a investigação e trará novos elementos ao inquérito — como a possibilidade de analisar o comportamento da testemunha. Jairinho e Monique foram presos no dia 8 de abril por suspeita de atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas. Eles são investigados por suposto envolvimento na morte de Henry.
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