Sumiço de adolescentes vira mistério no AP; buscas mobilizam 53 agentes
Uma megaoperação composta por 53 agentes da segurança pública faz buscas por dois adolescentes, de 13 e 14 anos, desaparecidos desde 8 de abril em Calçoene, a 366 quilômetros de Macapá.
No dia do desaparecimento, eles saíram de casa por volta das 9h para colher açaí em uma plantação, mas nunca retornaram para casa.
O caso é considerado um mistério para as equipes de buscas, composta por homens do Corpo de Bombeiros, Exército Brasileiro, GTA (Grupo Tático Aéreo), Guarda Florestal, PM (Polícia Militar) e Polícia Civil.
São usados helicópteros, embarcações e veículos. A ação começou em 10 de abril e é considerada pelos bombeiros como uma das maiores já realizadas em casos de buscas no Amapá.
O inquérito que investiga o desaparecimento não encontrou vestígios de crimes contra os adolescentes, identificados pelos bombeiros como Renato Siqueira de Jesus e Fabrício Oliveira Barbosa. Ambos são amigos e moram na comunidade Rio Verde, assentamento de Calçoene.
"O que encontramos de vestígios até agora foram algumas pegadas. A dificuldade em encontrá-los em ser um local alagado, de difícil acesso e com mata fechada. Às vezes os militares precisam percorrer em embarcações e cortar galhos de árvores", detalhou ao UOL o primeiro-tenente Izaías Negreiros.
No quarto dia de buscas, um cachorro foi encontrado na mata. As equipes acreditaram que pertenciam aos meninos, mas a investigação descartou a possibilidade.
"É um mistério e não sabemos o motivo de terem sumido. Além disso, não temos mais encontrado vestígios além das pegadas iniciais", completou.
Um posto de comando está montado na Câmara de Vereadores de Calçoene. Lá, as equipes alinham os próximos passos das buscas, que ainda não tem prazo para acabar. Apesar do tempo do desaparecimento, ainda há esperança de encontrá-los com vida.
A ação é dividida em três frentes. A primeira é com uso de helicóptero, seguida da utilização de cães farejadores nas redondezas de onde os meninos sumiram; já a terceira trabalha com as buscas dentro da mata.
Um vídeo compartilhado pela PM do Amapá mostra a dificuldade enfrentada pelos militares no deslocamento pelo pântano da mata vistoriada.
Polícia não vê crime em desaparecimento
A apuração já ouviu testemunhas e familiares dos garotos. O delegado Niury Relry, de Calçoene, diz que, por enquanto, a investigação ainda não verificou indícios de crimes contra os garotos.
"Não há nenhum elemento que aponte para crime. O que posso adiantar é isso sobre a investigação. Não posso dar mais detalhes para não haver desencontro de informações com as equipes de buscas. As famílias estão sofrendo muito com o ocorrido e precisamos preservá-las", resumiu ao UOL.
A reportagem tentou contato com familiares dos garotos por telefone, mas os celulares estavam sem sinal.
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