Homem fuzilado com 61 tiros já havia sofrido três tentativas de homicídio
O homem de 36 anos que foi fuzilado anteontem, quando chegava à sua casa em Campo Grande (MS), já havia sofrido outras três tentativas de homicídios. A informação foi confirmada hoje pela Polícia Civil, responsável por investigar o caso.
O empresário do ramo de recicláveis morreu na noite de anteontem, quando chegava à sua casa com a esposa e o cunhado em seu carro. Ao descer do veículo para abrir o portão, Geraldo foi alvejado 61 vezes com tiros de fuzil por dois homens que o aguardavam em uma Hyundai HB20 S, segundo depoimento da esposa. A mulher e o cunhado correram para dentro do imóvel e não se feriram.
Geraldo Ramos Villa sofreu a primeira tentativa de assassinato, segundo a Polícia, em abril de 2007, quando foi atingido por tiros no ombro esquerdo e braço direito, quando ainda vivia em Corumbá (MS), mas não houve risco de morte.
Poucos meses depois, em junho do mesmo ano, ele voltou a ser vítima de outro atentado, dessa vez quando estava em Campo Grande e foi alvejado nas costas, mas também sobreviveu sem maiores dificuldades. Neste caso, ele sofreu uma emboscada quando estava num quarto e não viu os atiradores.
Em 2015, quando já estava em liberdade depois de ter sido condenado por homicídio, e novamente em Corumbá, Geraldo deu entrada no Pronto-Socorro com ferimentos compatíveis com os de arma de fogo, mas dessa vez os tiros foram apenas de raspão e ele não explicou, à época, a origem do ferimento.
A Polícia Civil não soube dizer se alguém havia sido preso por conta das outras tentativas de assassinato contra Geraldo, mas investiga se a morte dele está ligada a esses atentados anteriores.
Investigação
Ontem, a Polícia Civil localizou um automóvel compatível com a descrição da testemunha, completamente queimado numa estrada que dá acesso a São Paulo. O veículo foi levado para perícia e as investigações apontam se tratar do carro usado pelos bandidos na fuga.
Geraldo já foi preso em 2007, acusado de ter matado uma pessoa em 2004. Em 2009, ele foi a júri popular e foi condenado pelo crime, mas já havia cumprido a pena e estava em liberdade.
O comerciante havia perdido um irmão, alguns anos atrás, também assassinado. Ele foi sepultado ontem em Corumbá, sua cidade natal.
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