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SC: Autor de ataque em escola em Saudades vira réu por homicídios

Ataque a creche Pró-Infância Aquarela, no centro da cidade de Saudades, deixou cinco mortos e um ferido - William Ricardo/Ishoot/Estadão Conteúdo
Ataque a creche Pró-Infância Aquarela, no centro da cidade de Saudades, deixou cinco mortos e um ferido Imagem: William Ricardo/Ishoot/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL

24/05/2021 19h39

A Justiça de Santa Catarina aceitou hoje a denúncia do Ministério Público e, com isso, o autor do ataque a uma escola em Saudades (SC) se tornou réu. Cinco pessoas foram mortas - duas professoras e três crianças com menos de dois anos - e uma ficou ferida em 4 de maio.

O jovem de 18 anos foi denunciado na última sexta-feira (21) pelos cinco homicídios e por 14 tentativas de assassinato. A denúncia difere do indiciamento da Polícia Civil, que considerou apenas uma tentativa. O promotor de justiça de Pinhalzinho (SC), Douglas Dellazzari, explicou que as outras 13 pessoas foram acrescentadas pelo risco que correram.

A partir do aceite da denúncia, a defesa do autor do ataque tem 10 dias para apresentar argumentos e arrolar testemunhas. Após isso, começa o prazo de cinco dias para que o Ministério Público se manifeste sobre a defesa apresentada. O magistrado decretou ainda que o processo deve tramitar em segredo de justiça.

Caso comoveu Brasil

O ataque à escola Aquarela aconteceu em 4 de maio, quando um jovem de 18 anos invadiu o local e esfaqueou seis pessoas — duas professoras e quatro crianças de menos de dois anos. Apenas um menino de 1 ano e oito meses sobreviveu. A tragédia não foi maior porque as professoras perceberam o atentado e trancaram as outras salas que tinham aulas no momento.

Vizinhos da escola ajudaram a socorrer as crianças. A agente educativa Aline Biazebetti, 27, ouviu "gritos de socorro" e, no impulso, levou uma das crianças até o hospital. Mal ela sabia que estava carregando o único sobrevivente do ataque.

O pai de uma das crianças contou que, ao saber do ataque, foi às pressas para a escola e não encontrou a filha. Após vasculhar o local, reconheceu a filha pelos cabelos. "Eu vi o cabelinho dela e duas xuxinhas que foram feitas de manhã no cabelo dela, caiu meu mundo", conta Evandro Sehn, 35 anos.