Grupo que invadiu igreja e destruiu imagens religiosas é identificado em SP
O grupo de quatro pessoas que entrou na Paróquia Nossa Senhora dos Remédios e destruiu sete imagens religiosas, vasos de flores e banheiros no início do mês passado foi identificado pela polícia. O caso aconteceu em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Além da identificação, os suspeitos foram conduzidos à delegacia, onde foram ouvidos e confessaram o crime.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) explicou ao UOL que a identificação dos suspeitos foi realizada através de análises das câmeras de monitoramento da região e numeração dos bilhetes únicos — cartão usado no transporte público — usados pelos jovens durante a fuga.
A pasta informou que entre os detidos estão dois maiores de idades — um de 22 e outro de 20 anos — e dois menores de idade.
Os dois maiores de idade foram indiciados pelos crimes de intolerância religiosa e vilipêndio a imagens — ou seja, tratar com desdém ou desrespeitar objetos. Já os menores foram levados à Vara de Infância e Juventude. A identidade dos jovens não foi divulgada pela SSP.
Apesar de confessarem os crimes, todos os suspeitos foram liberados após serem ouvidos. O caso continua sendo investigado pela 3ºDP (Delegacia de Polícia) de Osasco, responsável pela instauração do inquérito policial.
Entenda o caso
Um grupo de quatro pessoas entrou na Paróquia Nossa Senhora dos Remédios e destruiu sete imagens religiosas, vasos de flores e banheiros na noite do dia 3 de maio em Osasco. Na ocasião, um dos padres da igreja católica conseguiu questionar um dos suspeitos sobre o porquê da ação e o homem teria respondido que praticou o ato "em nome de Jesus". Os suspeitos conseguiram fugir.
De acordo com uma postagem no Facebook da paróquia, a igreja foi invadida às 21h30 e os vândalos destruíram sete imagens religiosas, entre elas, a de Nossa Senhora dos Remédios, Nosso Senhor dos Passos, Santa Cecília, Sagrado Coração de Jesus e Santo Ubaldo.
O grupo também depredou os banheiros do local e quebrou vasos de flores que estavam na paróquia. Uma das imagens religiosas destruídas veio da Itália e estava na igreja há 60 anos, segundo o Bom Dia SP, da TV Globo.
Dois dos padres que moram no fundo da paróquia se deslocaram para o local ao ouvirem o barulho da depredação e se depararam com a vandalização no espaço e a fuga dos vândalos por uma porta lateral.
Um dos padres conseguiu alcançar um dos vândalos, que foi abordado por um senhor que estava na avenida durante a fuga, e questionou por que eles destruíram a paróquia e ele respondeu que tinha feito isso "em nome de Jesus".
Os suspeitos correram ainda mais e conseguiram entrar em um ônibus. O padre ainda conseguiu avisar o motorista do transporte que o grupo destruiu a igreja e o motorista teria dito que tinha horário para cumprir e seguiu o trajeto normalmente. "Eu não pude fazer nada", disse o padre da paróquia, Amauri Baggio, ao Bom Dia SP.
A capela possui câmeras de segurança, no entanto, um dos padres da igreja informou que elas não estão funcionando por estarem em manutenção.
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