Condutor de lancha é indiciado após queda e morte de jovem em MG
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu hoje o inquérito que apurava a morte de Taynara Gonçalves Barbosa, de 21 anos, que caiu de uma lancha na represa de Miranda, em Uberlândia (MG), no mês passado. O condutor da embarcação, identificado como um homem de 27 anos, vai responder por homicídio culposo, além de fraude e coação processuais.
As investigações da Polícia Civil indicaram que a lancha estava com passageiros acima da capacidade máxima e que a tragédia poderia ter sido evitada se o limite de ocupação tivesse sido respeitado.
Desde a ocorrência, familiares e amigos de Taynara começaram uma campanha alegando que as testemunhas da queda não contaram histórias convincentes, versão corroborada pelos bombeiros que estavam nas buscas. No entanto, a possibilidade de homicídio doloso foi descartada pelas autoridades poucos dias depois.
O delegado regional Marcos Tadeu de Brito Brandão confirmou hoje ao UOL que o caso aconteceu por ações acidentais, mas pontuou a ilegalidade do fato. "O condutor, no papel de comandante da embarcação, tinha o dever legal de evitar o acidente, já que não tomou os cuidados necessários", afirmou.
Ainda segundo a polícia, as investigações também revelaram que embarcação, por conta do peso e da falta de equilíbrio, registrava sucessivos trancos no momento de acelerar, o que teria gerado a queda da vítima, que estava na parte traseira da lancha.
"Ele (condutor) engatou, foi quando ela se desequilibrou e caiu no rio", completou o delegado. Como o nome do indiciado não foi informado, o UOL não conseguiu contato com a defesa.
Novos detalhes da queda
Conforme novo registro policial divulgado, as testemunhas que estavam no momento da tragédia afirmaram que não chegaram a ver Taynara caindo na represa, mas que somente ouviram uma movimentação e, depois, conseguiram avistar a jovem na água.
Elas disseram também que outra pessoa caiu junto com a moça, mas conseguiu ser resgatada a tempo. Não foram informados pelos policiais detalhes sobre possível negligência de prestação de socorro.
Familiares e amigos
Procurados hoje pelo UOL, os parentes de Taynara se limitaram a enviar uma mensagem, que também foi postada nas redes sociais. Preferindo não se identificar, eles disseram que ainda aguardam por justiça.
"A saudade de quem se foi sempre é uma das provas mais difíceis da vida. Só o tempo pode amenizar essa dor, mas nunca até o fim", declararam.
Corpo foi encontrado após 4 dias
O corpo de Taynara foi encontrado na represa depois de quatro dias de buscas, a cerca de 300 metros do local onde teria ocorrido a queda. O número exato de pessoas presentes no barco não foi informado.
Desde o desaparecimento, familiares começaram uma campanha questionando as versões das testemunhas de que a mulher teria caído e se afogado. Segundo os parentes, ninguém soube explicar ao certo como aconteceu a queda na água.
A represa de Miranda fica a cerca de 30 quilômetros da parte urbana de Uberlândia e é conhecida por ser bastante utilizada para recreação, com marcante presença de ranchos no entorno, festas e eventos voltados ao público jovem.
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