Menino morto pela mãe era forçado a escrever autodepreciações, diz polícia
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apreendeu ontem novas provas sobre o crime da mãe que confessou ter matado o próprio filho, de 7 anos, em Imbé, no Rio Grande do Sul. Os dois objetos encontrados foram uma corrente utilizada para acorrentar o menino e cadernos que, segundo as investigações, indicariam que a criança era obrigada a escrever mensagens depreciativas sobre si mesmo.
"Eu sou um idiota", "Eu não mereço a mamãe que eu tenho", "Eu sou ladrão", "Eu sou ruim" são algumas das frases encontradas no caderno.
A apreensão aconteceu em dois apartamentos onde a mãe e a madrasta da criança residiam, no Balneário Santa Terezinha e no centro da cidade.
A mãe da criança, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, confessou o crime e foi presa no dia 30 de julho. Ela procurou a delegacia para registrar o desaparecimento do menino, mas acabou confessando que havia o matado e jogado o seu corpo no rio Imbé.
Segundo a Polícia Civil, a mulher teria dado remédios para a criança, que vivia sob intensa tortura física e psicológica.
Na segunda (2), a madrasta da criança também foi presa e será investigada por envolvimento no crime.
Segundo o delegado Antônio Carlos Ractz Jr., responsável pelo caso, o conteúdo armazenado nos celulares apreendidos para investigação mostram que ela "concorreu para a prática dos crimes, em tese, de tortura e homicídio". A prisão temporária vale por 30 dias.
Yasmin deve ser indiciada por homicídio qualificado (meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima) com majorante (praticado contra pessoa menor de 14 anos) e agravante (cometido contra descendente), ocultação de cadáver e resistência.
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