Caso Henry Borel: que fim levaram casos de pais acusados de matar filhos
Mãe, pai, padrasto e outras testemunhas da morte do pequeno Henry Borel, de 4 anos, estão prestando depoimentos no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro desde ontem.
O menino foi morto, segundo o laudo de necropsia, com sinais de violência e com diagnóstico de hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente.
A morte, que ocorreu na capital fluminense em 8 de março, é mais um dos tristes episódios de pais investigados por participação no assassinato de seus próprios filhos que marca a história do Brasil. Abaixo, o UOL relembra outros casos semelhantes.
Isabella Nardoni
Em 2008, o caso da criança Isabella de Oliveira Nardoni, 5, tomou os noticiários do país. Ela foi jogada de uma janela do sexto andar de um prédio na zona norte da capital paulista.
Isabella morava em um apartamento com seu pai, Alexandre Nardoni, a madrasta, Anna Carolina Jatobá, e dois irmãos, um de três anos e outro de onze meses. Nardoni e Jatobá foram condenados por homicídio doloso qualificado. Ele cumpre 30 anos de prisão, enquanto a mulher cumpre pena de 26 anos.
Bernardo Boldrini
Em 2014, o menino Bernardo Uglione Boldrini, 11, foi morto e enterrado em uma cova num matagal de Frederico Westphalen (RS). Foi encontrado dez dias depois da sua morte pelos policiais.
Sua morte teria sido causada por superdosagem do medicamento midazolam, usado contra a insônia.
Em 2019, o pai de Bernardo, Leandro Boldrini, a madrasta, Gacriele Ugulini, e outros dois indiciados foram condenados pela Justiça por crimes como homicídio doloso quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. As penas variam entre nove e 34 anos de prisão. Cabe recurso.
Rhuan Maycon
Em 2019, Rhuan Maycon, 9, foi assassinado por sua própria mãe, Rosana Auri da Silva, e sua namorada, Kacyla Pryscyla Santiago, no Distrito Federal. De acordo com as investigações, elas esfaquearam e decapitaram a criança, entre outras violências. Antes do crime, o pequeno teve seu pênis mutilado.
Presas no Complexo Penitenciário da Papuda, Rosana e Kacyla ainda serão julgadas por júri popular. Elas são acusadas pela polícia de homicídio qualificado, tortura, ocultação de cadáver, fraude processual e lesão corporal gravíssima —a soma dos crimes pode gerar quase 60 anos de prisão.
Miguel dos Santos Rodrigues
O menino Miguel dos Santos Rodrigues, 7, foi morto por sua própria mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, 26, tendo sido dopado e jogado dentro de uma mala às águas do rio Tramandaí, em Imbé (RS). Ela confessou o crime à polícia, e sua namorada, Bruna Nathiele Porto da Rosa, admitiu participação na morte.
Segundo o promotor de Justiça do caso, André Tarouco, após dias de tortura, intenso sofrimento mental e emocional e várias agressões contra a criança, no dia 29 o "casal rompeu as articulações dos membros inferiores e superiores do corpo da vítima e a colocaram em uma posição semelhante à fetal, dentro de uma mala de viagem".
O Ministério Público do Rio Grande do Sul as acusou de tortura, homicídio e ocultação de cadáver. O caso aguarda julgamento.
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