Caso Henry: Próximos depoimentos serão em dezembro; família será ouvida
O processo que apura a morte de Henry Borel, de 4 anos, continuará a sua fase de audiências daqui a dois meses. Nos dias 14 e 15 de dezembro, dezenas de testemunhas de defesa do ex-casal Monique Medeiros e Jairinho, mãe e padrasto do menino, réus por homicídio triplamente qualificado, serão ouvidas.
A primeira audiência de instrução e julgamento, na última quarta-feira (6), durou 14 horas. Foram ouvidas 10 testemunhas de acusação, incluindo os delegados e o inspetor responsáveis pelo inquérito da Polícia Civil e o pai de Henry, Leniel Borel.
Agora, a próxima fase do processo consiste em ouvir testemunhas que possam corroborar as teses de defesa. A estratégia de defesa de Monique é apontar que ela era coagida pelo médico e ex-vereador. Depoimentos de familiares da professora estão previstos.
Do lado de Jairinho, os familiares também devem ser ouvidos. A previsão é de que deponha inclusive o Coronel Jairo (Solidariedade), pai do ex-vereador e deputado estadual no Rio de Janeiro.
A fase seguinte aos depoimentos é a de interrogatório, ainda sem data definida. No primeiro dia de audiências, Jairinho acompanhou os depoimentos de Bangu 8 — onde está preso desde o dia 8 de abril— a pedido de sua defesa. Monique esteve no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, acompanhada de seus advogados.
Relembre a primeira audiência
Durante as 14 horas de audiência na 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, as 10 testemunhas deram informações sobre a vida dos réus e mais detalhes sobre as provas técnicas. O dia foi marcado por um clima tenso, com choro dos pais de Henry.
Leniel relatou que, poucos dias antes da morte, ao colocar Henry para dormir, ouviu da criança uma música católica. Neste momento, Monique chorou copiosamente.
Depois, Thayna de Oliveira Ferreira, que trabalhou como babá de Henry durante 25 dias na casa da mãe e do padrasto do garoto, pediu para que Monique Medeiros fosse retirada da audiência durante seu depoimento.
A babá apresentou uma nova versão diferente de outros dois depoimentos anteriores. Ela disse nunca ter visto agressão do padrasto contra o menino. O novo depoimento não convenceu o Ministério Público do Rio, nem a defesa de Monique, que pediu a prisão em flagrante por falso testemunho.
Os delegados Henrique Damasceno, responsável pelo inquérito, e Ana Carolina Medeiros, auxiliar nas investigações, afirmaram que foi constatado que Monique ameaçou prejudicar Jairinho após uma discussão do casal. As informações foram obtidas em conversas no celular da babá Thayná de Oliveira Ferreira.
Questionado pelo advogado Igor de Carvalho, assistente de acusação representando Leniel Borel, Damasceno disse que Monique e Jairinho mantiveram uma postura de casal durante a investigação.
A delegada Ana Carolina Medeiros disse que a postura de Monique foi "atípica" para uma mãe que havia acabado de perder um filho de forma trágica. "Ela tirou fotos sorridente [na delegacia], pediu pizza. Botou o pé em cima da mesa, fez brincadeiras."
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