Varginha: Polícia identifica 3 dos 26 mortos em ação contra 'novo cangaço'
A Polícia Civil de Minas Gerais disse ter identificado três pessoas mortas após a ação conjunta da Polícia Militar e da PRF (Polícia Rodoviária Federal) que matou pelo menos 26 suspeitos, em Varginha, no Sul de Minas, na madrugada de ontem.
São eles: Gerônimo da Silva Sousa Filho, de 28 anos, nascido em Porto Velho (RO); Nunis Azevedo Nascimento, 33, de Novo Aripuanã (AM) e Gleisson Fernando da Silva Moraes, 36, de Uberaba (MG).
"Os trabalhos de comparação são ininterruptos. Entretanto, a gente não tem como prever ou estimar uma data. Isso porque é preciso que haja um padrão de comparação de analogia. Os corpos que aguardam a identificação não entrarão em deterioração porque estão todos na câmara fria", explicou o médico legista José Roberto de Resende, durante coletiva de imprensa, na noite de hoje.
Os suspeitos mortos estavam escondidos em duas chácaras onde arquitetavam um roubo aos moldes do que a polícia chama de "novo cangaço", tática também conhecida como "domínio de cidades". A ação seria semelhante ao ataque ocorrido em Araçatuba (SP), quando foi planejado um roubo de R$ 90 milhões.
Inicialmente, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que 25 suspeitos foram mortos no local. No entanto, a informação foi atualizada no fim da tarde de ontem, chegando a 26 mortes. Segundo a PM, isso ocorreu após uma verificação dos corpos levados para hospitais da região.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, houve confrontos com os supeitos em duas chácaras, e foram apreendidas armas, munições, granadas e veículos roubados. .
O tenente-coronel Flávio Santiago, do setor de comunicação da PM de Minas Gerais, disse que a intenção era prender os dois grupos de criminosos, mas houve reação. Como, segundo Santiago, os policiais ocupavam uma posição privilegiada, nenhum deles ficou ferido.
Os corpos foram levados ao IML (Instituto Médico Legal) em Belo Horizonte, onde passarão necropsia e serão identificados, informou a Polícia Civil de Minas Gerais. Na operação, foi apreendida uma carreta com um compartimento secreto que, segundo a Polícia Civil, seria usada na fuga após o assalto.
O trabalho de identificação das 26 pessoas mortas irá contar com a comparação de DNA coletado dos corpos e dados já registrados no Banco Nacional de Perfis Genéticos, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais informou ao jornal "Folha de S.Paulo".
O banco, criado em 2013 e coordenado pela Polícia Federal, é alimentado com amostras de pessoas que respondem por crimes, vestígios coletados em cenas de crimes e amostras de familiares de desaparecidos, entre outros.
Uma das dificuldades na execução da identificação, conforme adiantaram médicos-legistas envolvidos nesta operação, é que, entre os mortos, podem haver pessoas tanto de Minas quanto de outros estados brasileiros ou até mesmo estrangeiros.
Governador chama policiais de "heróis"
Em reação à operação, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), chamou os policiais envolvidos de "heróis" e disse que trabalha para que o estado continue sendo, segundo ele, o mais seguro do Brasil.
Em Varginha, a PMMG ao lado da PRF, antecipou bandidos do chamado 'novo cangaço', em uma das maiores operações da história no combate a esse tipo de crime. Parabéns a todos heróis envolvidos! Estamos trabalhando para que Minas siga sendo o Estado mais seguro do país. Em Minas a criminalidade não tem vez. As Forças de Segurança do Estado trabalham com inteligência e integração para impedir ações criminosas. Romeu Zema fala sobre operação no Sul de Minas
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