Mais de 200 municípios estão em situação de emergência no RS por estiagem
O Rio Grande do Sul alcançou a marca de 209 cidades que decretaram situação de emergência desde o ano passado devido à estiagem que atinge o estado. Os decretos começaram a chegar para a Defesa Civil gaúcha ainda em dezembro. Hoje, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), esteve no estado em visita a áreas afetadas pela falta de chuvas em Santo Ângelo (RS).
Dos 209 municípios que protocolaram situação de emergência, 52 deles já foram homologados pelos órgãos do governo gaúcho e outros 47 são reconhecidos pela União. Ao UOL, a Seapdr (Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural) informou que de acordo com dados do Emater até 7 de janeiro, haviam 195 mil propriedades rurais atingidas com perdas referentes à estiagem e 10,2 mil famílias sem acesso à água.
Além dos municípios que já decretaram situação de emergência, outros 22 tiveram registros feitos por suas prefeituras, o que pode aumentar o número de cidades atingidas, conforme tabela atualizada pela Defesa Civil na tarde de hoje. Para termos de comparação, a estiagem de 2018 atingiu 41 cidades.
A falta de precipitações no Rio Grande do Sul está ligada à incidência do fenômeno La Niña, que provoca chuvas irregulares e mal distribuídas no estado. No momento, uma onda de calor rara atinge as cidades gaúchas, podendo levar a temperaturas recordes ainda nesta semana.
Os municípios atingidos pela falta de chuvas que estiverem em situação de emergência passam a ter direito a benefícios para diminuir os prejuízos gerados pela perda de produção como milho e arroz, ocasionando perda de renda. O Governo do Estado aumentou de 28% para 100% o subsídio para incentivar o plantio do milho no Programa Troca-Troca, além de fomentar a agricultura familiar.
De acordo com comunicado, a ministra Tereza Cristina disse que no momento é impossível mensurar os prejuízos da estiagem no RS e nos demais estados atingidos, como Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.
"Ainda não podemos dar números. Há lavouras que se recuperam, outras não, ainda pode chover, são graus diferentes de recuperação de lavouras. Temos de acompanhar, de monitorar. [...] Não queremos que as pessoas abandonem a produção. Procuraremos minimizar, não resolveremos tudo, mas minimizar, se agirmos rápido e agora", explicou a ministra Tereza Cristina.
O vice-governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), entregou à ministra demandas para minimizar a estiagem gaúcha, como viabilização de recursos do Governo Federal, disponibilização de crédito rural para os agricultores familiares, concessão de bônus para quitação de dívidas de custeio pecuário a serem vencidos em 2022, dentre outros.
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