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Doria determina investigação sobre desmoronamento em obra do metrô

Do UOL, em São Paulo

01/02/2022 11h54Atualizada em 01/02/2022 14h49

O governador João Doria (PSDB) determinou hoje a abertura de uma investigação para identificar as causas do desmoronamento nas obras da linha 6-Laranja do metrô de São Paulo.

Imagens feitas por helicópteros da TV Globo e TV Record mostram uma cratera que se formou na lateral da pista, com pedaços de asfalto cedendo. Não houve feridos.

mapa cratera metro linha 6 -  -

"Determinei apuração imediata das causas e elaboração de plano da concessionária responsável pela obra, junto à prefeitura da capital, para normalização do tráfego da Marginal rapidamente", escreveu Doria nas redes sociais.

Funcionários relataram ouvir um "estrondo" na parte mais baixa da escavação, quando supostamente a água rompeu a estrutura. Os presentes começaram a correr. Segundo relatos, não havia mais ninguém na área quando houve o desabamento da pista. A suspeita é que tenha havido o rompimento de uma adutora de esgoto.

Com o incidente, registrado por volta das 9h, um trecho da via está interditado no sentido da rodovia Ayrton Senna, entre as pontes do Piqueri e da Freguesia do Ó. Segundo a CET, a via expressa foi parcialmente liberada e funcionários da companhia atuam no local orientando o tráfego.

A linha 6 - Laranja faz parte de uma Parceria Público Privada entre o governo do estado e a concessionária espanhola Acciona e deve ter 15 km, ligando a Vila Brasilândia à estação São Joaquim.

Obras da Linha 6-Laranja ficaram paradas por 4 anos

As obras da Linha 6-Laranja começaram em janeiro de 2015, mas foram paralisadas cerca de 1 ano e meio depois, em setembro de 2016, após um problema na Parceria Público Privada firmada entre o governo e o Consórcio Move São Paulo, formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC.

Sem conseguir financiamento de longo prazo com o BNDES, o contrato de concessão das empresas "caducou" e em maio de 2020 a concessionária espanhola Acciona assumiu o projeto, retomando as obras em outubro.

Com 15,3 km de extensão, a previsão é de que a linha tenha 15 estações, da Brasilândia até o centro de São Paulo. Hoje, de ônibus, este trecho leva entre uma hora e meia e duas horas para ser feito. Com o metrô, a expectativa é de que a viagem leve 23 minutos.

Cerca de 630 mil pessoas devem ser beneficiadas após a entrega, inicialmente prevista para 2020 e remarcada para outubro de 2025 após os imprevistos.