Médica condenada por cortar pênis de ex é suspeita de torturar marido
Um homem de 29 anos foi encontrado com vários ferimentos pelo corpo dentro da casa em que morava no bairro Flor do Vale, em Tremembé (SP), durante uma operação de busca e apreensão da Polícia Civil. As autoridades receberam denúncias de que o rapaz estava sofrendo agressões da mulher, a médica Myriam Priscila de Rezende Castro, de 41 anos, que já foi condenada a seis anos de prisão por mandar decepar o pênis do ex-noivo, em 2002, enquanto ainda morava em Minas Gerais, seu estado natal.
A profissional de saúde, que mora na residência com o marido, dois filhos e uma idosa, com parentesco não identificado com a suspeita, é procurada para prestar esclarecimentos à polícia, já que não estava no local no momento da operação, realizada na tarde de quarta-feira (2).
Em vídeos reproduzidos nas redes sociais, que teriam sido postados primeiro nos perfis de Myriam, ela aparece dando tapas no rosto do marido, agarrando o homem pela barba e fazendo perguntas sobre um suposto relacionamento extraconjugal da vítima, enquanto ele, aparentando estar desorientado, tenta se desvencilhar e avisa a mulher que está sentindo dor.
Fotos tiradas já após a operação da Polícia Civil mostraram também um ferimento ainda com sangue na cabeça do rapaz. Os filhos da médica, de 6 anos, também tinham ferimentos, informou nota enviada ao UOL pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo)
O estado da idosa que também estava na casa da família não foi divulgado, mas entre os crimes pelos quais Myriam é investigada está "expor perigo a integridade e saúde" da senhora.
Além dos crimes contra as quatro vítimas, a médica também pode responder por abuso a animais e por matar espécimes de fauna silvestre, já que diversos animais foram encontrados com indícios de maus-tratos, entre eles um cachorro, um coelho e um pássaro que estavam congelados no interior do freezer da residência.
O caso, que também inclui registros de lesão corporal e tortura, é investigado pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de Taubaté. O Conselho Tutelar foi acionado, além da Polícia Técnico Científica.
As vítimas foram encaminhadas ao IML (Instituto Médico Legal) para passarem por exames.
O UOL tenta contato com Myriam, mas ainda não obteve sucesso. O espaço permanece aberto para posicionamento da médica.
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