Petrópolis: 208 vítimas das chuvas foram enterradas; 926 estão desalojados
A Prefeitura de Petrópolis informou que, até agora, 208 pessoas que morreram nas chuvas de 15 de fevereiro já foram sepultadas no Cemitério do Centro. O governo municipal afirmou também que 926 moradores da cidade, na Região Serrana do Rio de Janeiro, continuam abrigados. Eles estão em 13 pontos de apoio em escolas municipais. O balanço foi divulgado neste domingo (27).
A tragédia de Petrópolis foi a pior registrada na cidade pela Defesa Civil, que faz esse monitoramento desde de 1932. Informações divulgadas pelo Cemadem (Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais) apontam que, naquele dia, choveu 250 milímetros em três horas — mais do que o previsto para todo o mês de fevereiro.
Quase duas semanas depois, ainda há pessoas desaparecidas — 20, segundo portal da Polícia Civil.
Na última quinta-feira (24), o corpo de Gabriel Vila Real da Rocha, 17, foi identificado por meio de exame de perícia. O rapaz estava em um ônibus arrastado para o rio Quitandinha, no dia das fortes chuvas.
Imagens de seu pai, Leandro Rocha, fazendo sozinho buscas em cursos d'água da cidade provocaram comoção nos últimos dias. O corpo do jovem foi encontrado no foi encontrado dentro do rio, na rua Washington Luiz, na terça-feira (22).
Novo desmonte de rocha no Morro da Oficina
A Defesa Civil fez um novo desmonte de rocha no Morro da Oficina, um dos lugares mais afetados pelas chuvas. Antes de realizar a ação, os moradores receberam um aviso por mensagem e também em grupos de comunicação.
"Esses desmontes utilizam técnica de baixo impacto, utilizando reação química que desmonta o bloco causando pouco abalo. A área foi isolada para a continuidade do trabalho seja feito", informou a Defesa Civil.
O desmonte foi feito para colaborar com as buscas das vítimas.
O Corpo de Bombeiros finalizou, na tarde deste domingo, as buscas pelas vítimas no Morro da Oficina, encerrando a lista dos 93 reclamados nesta área. Os militares seguem em operação na Chácara Flora, onde buscam por duas pessoas, e fazem varredura nos rios da cidade, onde estão desaparecidas três vítimas. Hoje, cerca de 230 militares atuam na operação.
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