Pai diz que alertou familiares sobre madrasta suspeita de envenenamentos
Adeilson Cabral alertou familiares e amigos para um possível pedido de ajuda da esposa, Cintia Mariano Dias Cabral, após o filho Bruno, 16, ser internado com suspeitas de ter sido envenenado por ela. Cabral explicou que tinha receio de que a cônjuge procurasse ajuda deles após bloquear os cartões de crédito e o número do celular dela, segundo o jornal O Globo. Cintia está presa preventivamente em Realengo, no Rio de Janeiro, e Bruno teve alta na quinta-feira (19).
A suspeita participava de um projeto social de acolhimento a crianças órfãs no Rio de Janeiro e teria cuidado de 38 meninos e meninas.
Adeilson afirmou que teve de ligar para os pais de uma criança que esteve na casa deles recentemente.
"Eu disse: 'Por favor, não deixe a Cíntia chegar perto da criança. Eu não sei o que está acontecendo'. Avisei outras pessoas como alguns amigos mais próximos também. Cancelei o cartão, o celular e o carro já estava comigo. Tinha medo dela fazer mal a mais alguém".
Envenenamento do enteado
O filho começou a passar mal após comer um prato de feijão servido por Cintia, segundo Adeilson. "O Bruno percebeu algo no prato, mas ela disse que era o tempero, daqueles prontos, que não tinha derretido durante o preparo. E esse também seria o motivo para o amargo do feijão. Ali começou a desconfiança. Ninguém achava que ela estava envenenando, mas todos estranharam a atitude dela, que foi muito suspeita", disse.
Jane Carvalho Cabral, mãe de Bruno, afirmou que o filho já era desconfiado e estranhou o feijão com "pedrinhas azuis". "Quando ele começou a comer, estranhou o gosto do feijão. Foi cutucar a comida para ver o que tinha e encontrou pedrinhas azuis, do tamanhinho de gergelim, como se tivessem sido trituradas num pilão. Ele perguntou o que era aquilo. Foi quando ela arrancou o prato da mão dele, nervosa, tirou a parte das bolinhas e colocou mais feijão, como se quisesse disfarçar o gosto".
A polícia encontrou remédio para pulgas de cachorro embaixo dos panos do fogão. Segundo o jornal Extra, a filha de Cintia disse à polícia que a mãe riu ao servir comida envenenada para o enteado de 16 anos.
Morte de enteada também será investigada
Dado como morte natural na época, Cintia também passou a ser suspeita da morte da enteada Fernanda Cabral, 22, em março deste ano. A família autorizou a exumação do corpo dela para a polícia analisar se também foi envenenamento.
Adeilson se culpa pelo que aconteceu e pelo relacionamento. "Fico com um sentimento de revolta e culpa por me envolver com um monstro. Mas eu não tinha bola de cristal. Até briguei com Deus, perguntei a Ele por que tirou a minha filha. Mas não foi Deus. Foi quem estava do meu lado. Infelizmente eu não sabia".
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