Caso Dom e Bruno: PF prende terceiro suspeito no AM
O terceiro suspeito de envolvimento nas mortes do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips foi preso neste sábado (18) pela Polícia Federal.
Jefferson da Silva Lima, conhecido também como "Pelado da Dinha", se entregou para as autoridades hoje após saber pela sua família que a polícia o procurava. Segundo a PF, ele será interrogado e, em seguida, encaminhado para audiência de custódia.
Ele é apontado como alguém que participou diretamente do duplo homicídio e ajudou na ocultação dos corpos. Lima se apresentou por volta das 6h na Delegacia de Atalaia do Norte, no extremo oeste do Amazonas.
Ontem, a polícia emitiu um mandado de prisão pela Justiça Estadual de Atalaia do Norte contra Lima. As autoridades buscam por um quarto suspeito pelo crime.
"Na sexta, montamos uma equipe e fomos até o sítio da mãe dele no município de Benjamin. Ele não se encontrava. Conversamos com os familiares e pedimos para convencê-lo a se entregar", informou o delegado Alex Perez, da Delegacia de Atalaia.
Além de Lima, a PF prendeu primeiro o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", que confessou ter esquartejado e enterrado os corpos. Depois, o irmão dele, Oseney de Oliveira, foi preso, mas negou envolvimento no duplo homicídio.
O pescador que levou a polícia até o local onde estavam os restos dos corpos de Dom e Bruno. O material foi enviado para análise na quinta-feira (16) e ontem a PF confirmou que as partes encontradas eram de Dom.
O Comitê de Crise diz que estão sendo feitos todos os testes para a identificação completa dos remanescentes para identificação da causa das mortes e para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos. Ainda não há informações sobre Bruno.
PF descarta mandante
Em nota divulgada ontem, a PF descartou a participação de organização criminosa ou de mandante por trás da morte de Dom e Bruno. "Com o avanço das diligências, novas prisões podem acontecer", informou.
A corporação disse ainda que as buscas pela embarcação utilizada pela dupla continuam com o apoio dos indígenas da região e dos integrantes da Unijava (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari).
A entidade, por sua vez, emitiu nota dizendo que "não concorda com o desfecho da Polícia Federal que afirma não haver mandante para o crime que culminou na morte de Dom e Bruno".
*Com informações do Estadão
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