Família de Marcola é alvo de operação contra plano de fuga do líder do PCC
A casa da família de Marco Willians Herbas Camacho, 54, o Marcola, apontado como o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), foi um dos alvos de uma operação deflagrada hoje de manhã pela Polícia Federal para desarticular o plano de resgate de criminosos em penitenciárias federais de Brasília (DF) e Porto Velho (RO).
Além de Marcola, a facção criminosa planejava resgatar Cláudio Barbará da Silva e Valdeci Alves do Santos, o Colorido. O grupo também pretendia sequestrar autoridades para conseguir a soltura de detentos, diz a PF.
Cerca de 80 policiais federais cumprem 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em Brasília, Campo Grande (MS), Três Lagoas (MS), São Paulo, Santos (SP) e Presidente Prudente (SP).
A casa de Cynthia Gigliolli Herbas Camacho e Camila Gigiolli da Silva, respectivamente esposa e cunhada de Marcola, foi um dos alvos de um dos mandados cumpridos em Alphaville, na Grande São Paulo. Fontes ouvidas pelo UOL informaram que a família está viajando, em férias.
Advogados de líderes do PCC também estão na mira da Polícia Federal. Na região de Presidente Prudente (SP), foram presas duas irmãs, as advogadas Juliana de Araújo Alonso Mirandola e Simone Alonso —Simone é esposa de Cláudio Barbará, um dos líderes do PCC preso em Brasília.
Ambas foram condenadas a oito anos e nove meses de prisão em janeiro de 2017 pela 1ª Vara Criminal de Presidente Venceslau, sob a acusação de integrar a célula conhecida como "sintonia dos gravatas", o braço jurídico do PCC, responsável por levar e trazer recados para os líderes da organização.
O UOL não localizou os representantes legais de Cynthia Gigliolli Herbas Camacho, Camila Gigiolli da Silva, Juliana de Araújo Alonso Mirandola e Simone Alonso, presas na operação da PF.
Segundo a PF, os internos Edmar dos Santos, Reinaldo Teixeira dos Santos e Esdras Augusto do Nascimento Júnior, recolhidos em penitenciárias federais, também seriam alvos do resgate. Esdras, inclusive, é acusado de planejar mortes de juízes e promotores quando estava no presídio de Campo Grande (MS).
A operação foi batizada de Anjos da Guarda em referência aos servidores da segurança pública, explicou a PF. A ação tem apoio do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).
Como funcionava o plano, segundo a PF
O plano foi elaborado com ajuda de advogados, que extrapolavam suas atividades legais e transmitiam mensagens entre os líderes presos e os criminosos envolvidos no plano de resgate, ainda de acordo com a investigação.
Para organizar a ação, a PF diz que os investigados aproveitavam atendimentos e visitas em parlatório, usando situações jurídicas inexistentes como códigos.
Defensores de presos ligados ao PCC, que pedem anonimato, contestam essa versão e sustentam que em presídio federal as conversas com clientes são gravadas, impossibilitando passar algum recado.
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