Criança vai a delegacia e denuncia mãe violenta: 'Queria ajudar os irmãos'
Uma criança de 11 anos decidiu ir à delegacia sozinha e denunciar agressões e torturas feitas pela própria mãe no Rio de Janeiro, como forma de se safar dos maus-tratos e ajudar seus irmãos. A Polícia Civil confirmou ao UOL que a mãe foi presa em flagrante e autuada pelo crime de tortura.
Marcio Rocha, agente de segurança do programa Segurança Presente, contou que o garoto chegou preocupado ao local, para que os irmãos fossem tirados do convívio da mãe. "Ele estava realmente decidido e queria ajudar os irmãos. A todo momento ele pedia para que os irmãos fossem localizados e trazidos para que não ficassem mais no convívio da mãe", afirmou ele, à Record TV.
Segundo a emissora, a vítima e os irmãos sofriam agressões constantes com cigarros, panelas quentes e esganamento.
"Foi constatado que as lesões aconteciam há algum tempo. O objetivo disso era causar sofrimento à criança e eram provocadas por colheres, frigideira quente, esganamento e pontas de cigarro", disse o agente.
O garoto disse ao conselho tutelar que é trigêmeo e a irmã caçula era a única não agredida pela mãe. "Segundo a criança, o pai não era conivente, pois ele não sabia que tinha esse tipo de agressão. Ela o esperava ir para o trabalho para praticar as agressões. O garoto pedia para permanecer somente com o pai e não queria mais o convívio com a mãe", disse Rocha.
Após a queixa na delegacia e os primeiros-socorros em um posto de saúde, o menino de 11 anos foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) para a realização do exame de corpo de delito.
"Ficou presa em flagrante pelo crime de tortura porque os laudos comprovaram que as lesões tinham o objetivo de causar trauma e sofrimento para a criança", afirmou o agente.
Ainda segundo Rocha, a mãe admitiu as agressões, mas alegou que não tinha intenção de causar sofrimento.
"Ela alegou que cometia esses atos sem nenhum tipo de intenção em causar um mal maior à criança, mas a gente pôde perceber que não é a conduta de uma mãe que deveria proteger o filho".
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